Natureza e sociedade nos aldeamentos indígenas do império: diálogos da ordem menor dos frades capuchinhos com a história natural

Autores

  • Marta Amoroso Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; Departamento de Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0ispep271-301

Palavras-chave:

historiografia da Ordem Menor dos Frades Capuchinhos, aldeamentos indígenas do Império Botocudo, Mata Atlântica, naturalistas

Resumo

Focaliza-se a montagem dos aldeamentos indígenas administrados pelos frades capuchinhos italianos na segunda metade do século XIX na região dos rios Doce e Mucuri, em Minas Gerais. O foco da análise recai sobre as teorias de natureza e sociedade que orientaram tanto a política de assentamento dos índios comoa montagem das colônias de imigrantes implantadas naregião. Interessa-nos especialmente acompanhar em que termos, naquele momento particular e falando diretamente do local, formularam-se as noções de natureza e sociedade mobilizadas no projeto de construção e manutenção dos aldeamentos indígenas do Império. Busca-se apresentar o aldeamento indígena de Itambacuri como um caso exemplar da disputaentre programas diferenciados de cultivo da paisagem (T. Ingold, 2000) um tipo de controvérsia que caracterizou, de modo geral, o programa "Catequese e civilização" do governo do Império, voltado para as populações indígenas. O acontecimento da criação do aldeamento indígena e os agenciamentos dele decorrentes, envolvendo os próprios grupos indígenas, imigrantes europeus e migrantes nordestinos, oferecem oportunidade para se considerar, a partir do relato dos missionários e da historiografia da Ordem Menor, quais as possibilidades de diálogo entre ciência e religião no século XIX

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Publicado

2010-06-30

Edição

Seção

História e Antropologia

Como Citar

AMOROSO, Marta. Natureza e sociedade nos aldeamentos indígenas do império: diálogos da ordem menor dos frades capuchinhos com a história natural . Revista de História, São Paulo, n. spe, p. 271–301, 2010. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v0ispep271-301. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19148.. Acesso em: 23 abr. 2024.