A inefável obscuridade de Brás Cubas

Autores

  • Regina R. Félix University of North Carolina Wilmington

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8354.v0i3p269-284

Palavras-chave:

Brás Cubas mulato, o sujeito-para-a-morte, desejo de branquitude, resubjetificação ficcional, autonegação freudiana

Resumo

Premido pela insistência de seu pai para que faça algo de si mesmo, Brás Cubas se vê obrigado a evitar a obscuridade social, analisada neste artigo para além da hesitante ambição social e política que ele exibe—ambição esta que é emblemática em famílias afluentes que competem entre si para garantir sua posição social na rígida sociedade brasileira do século XIX. Apesar de todas as oportunidades das quais desfrutou através das conveniências e portas abertas que a propriedade de sua família lhe proporcionou, Brás não conseguiu ter sucesso absoluto em qualquer empreitada a que se aventurou. Sua melancolia explicitamente declarada confirma, por um lado, uma carreira pessoal de decepções. Com um distanciamento orgulhoso, por outro lado, anuncia o prazer obtido em não ter tido que trabalhar para viver e, mais importante, não ter transmitido "nossa miséria". Este artigo demonstrará textualmente os fracassos de Brás e indicará a condição sociocultural que o aprisiona

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Publicado

2017-10-06

Edição

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Artigo/Ensaio

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