O uso do ATLS nos complexos traumas de artéria axilar, vencendo esse desafio – relato de caso e revisão da literatura

Autores

  • Matheus Polly Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • Marília Arrais Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • Bruna Queiroz Coelho Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • Gabriela Tognini Saba Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • Rafael Fürst Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • Afonso César Polimonti Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
  • João Antonio Correa Faculdade de Medicina do ABC - FMABC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v93i4p165-171

Palavras-chave:

Traumatismos torácico, Toracotomia, Cuidados de suporte avançado de vida no trauma, Ferimentos penetrantes, Artéria axilar, Relatos de casos, Literatura de revisão como assunto.

Resumo

INTRODUÇAO: O trauma das artérias subclávia e axilar é incomum, mas potencialmente grave. Os ferimentos penetrantes por projétil de arma de fogo e por arma branca constituem o mecanismo habitual. A complexidade anatômica torna desafiador o tratamento destas lesões. O seguimento adequado do protocolo ATLS é o principal responsável pelo bom prognóstico nos traumas de grande potencial de mortalidade como os traumas arteriais dessa topografia. O acesso para abordagem da artéria axilar depende da extensão e localização da lesão. Na maior parte dos casos, uma incisã o supra e/ou infraclavicular é suficiente para a abordagem entretanto o controle proximal da artéria subclávia pode ser necessário. Nesse caso, o acesso cirúrgico geralmente envolve a esternotomia mediana – para lesões do lado direito – e a toracotomia ântero- lateral para lesões do lado esquerdo. Neste contexto, o trauma da artéria axilar é uma lesã o desafiadora. Relata-se um caso singular que recebeu tratamento inicial de acordo com o protocolo ATLS com ligadura da artéria axilar. Métodos/Paciente: Este trabalho analisa a conduta cirúrgica e de trauma de um paciente do sexo masculino, 23 anos que deu entrada com ferimento por arma de fogo em topografia infra-clavicular esquerda e choque hipovolêmico. Na drenagem pleural houve saída de mais de 2000 ml de sangue submetendo-o à toracotomia e ligadura de artéria axilar. Foi encaminhado para serviço de atenção terciária e realizada a revascularizaçã o com enxerto de veia safena. RESULTADOS: A conduta de atendimento ao Trauma pelo ATLS foi realizada de maneira correta, com a rápida identificação de lesão grave com potencial elevado de morbimortalidade e necessidade de transferência que permitiu a revascularização do paciente alcançando um ótimo prognóstico com sobrevivência do paciente e manutenção da função do membro. CONCLUSÃO: As lesões de artéria axilar são graves, com potencial letal elevado e necessitam de um tratamento rápido e bem planejado. O paciente deve receber o tratamento inicial pelo protocolo ATLS com estabilizaçã o do quadro e posterior transferência tratamento definitivo se necessário.

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Biografia do Autor

  • Matheus Polly, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Acadêmico de Medicina, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • Marília Arrais, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • Bruna Queiroz Coelho, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • Gabriela Tognini Saba, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • Rafael Fürst, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Professor Adjunto da Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • Afonso César Polimonti, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Professor Adjunto da Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.
  • João Antonio Correa, Faculdade de Medicina do ABC - FMABC
    Professor Titular da Disciplina de Angiologia e Cirurgia Vascular da Faculdade de Medicina do ABC - FMABC, Santo André, SP.

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Publicado

2014-12-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Polly, M., Arrais, M., Coelho, B. Q., Saba, G. T., Fürst, R., Polimonti, A. C., & Correa, J. A. (2014). O uso do ATLS nos complexos traumas de artéria axilar, vencendo esse desafio – relato de caso e revisão da literatura. Revista De Medicina, 93(4), 165-171. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v93i4p165-171