Partição gástrica para o tratamento paliativo de pacientes com tumores gástricos distais obstrutivos e irresecáveis

Autores

  • Brian Guilherme Monteiro Marta Coimbra Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo
  • Osmar Kenji Yagi Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo
  • Carlos Eduardo Jacob Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo
  • Ivan Cecconello Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo
  • Bruno Zilbertein Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v94i1p21-28

Palavras-chave:

Cirurgia, Neoplasias gástricas, Cuidados paliativos, Obstrução da saída gástrica.

Resumo

O câncer gástrico é uma afecção que ainda se mostra muito prevalente. Como agravante, a maioria dos pacientes apresenta-se em estágios avançados da doença, frequentemente com tumores distais obstrutivos e irressecáveis, demandando tratamento paliativo, cujo objetivo é dar ao doente maior qualidade de vida. Dentre as opções terapêuticas, tradicionalmente se opta pela gastroenteroanastomose. Entretanto, devido às altas taxas de complicações desse procedimento, passou-se a empregar a técnica da partição gástrica. Frente aos resultados em estudos comparativos entre essas duas técnicas, nosso serviço passou a realizar a partição gástrica em casos de pacientes portadores de câncer gástrico avançado distal obstrutivo e irressecável, e analisamos retrospectivamente os resultados do emprego dessa técnica em 29 pacientes, em termos de sobrevida e qualidade de vida. Toda a população se apresentava com ECOG performance status de 0, 1 ou 2 e 53,9% dos doentes apresentavam, sob a classificação de obstrução gástrica de GOOSS, graus 0 ou 1. A duração operatória média foi de 169 minutos. No pós-operatório, sob a classificação de complicações de Clavien-Dindo, houve 4 pacientes em grau II e 2 em grau V (dois óbitos, correspondendo a uma mortalidade operatória de 6,9%). O tempo médio para se atingir GOOSS 2 foi de 5 dias e, ao longo do seguimento, 96,15% da população atingiu GOOSS 2 ou 3. A sobrevida média foi de 213 dias. Considerando os resultados satisfatórios obtidos, a técnica de partição gástrica é efetiva e segura, proporcionando sobrevida, manutenção de dieta via oral e qualidade de vida para os pacientes. 

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Biografia do Autor

  • Brian Guilherme Monteiro Marta Coimbra, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014.
    Acadêmico de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E-mail: brian_coimbra_2007@hotmail.com

  • Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014.
    Orientador, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. E-mail: marcuskodama@hotmail.com

  • Osmar Kenji Yagi, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014. 

    Orientador, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. E-mail: okyagi@uol.com

  • Carlos Eduardo Jacob, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014. 

    Orientador, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E-mail: cejacob@uol.com.br

  • Ivan Cecconello, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014. 

    Orientador, Professor Titular do Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E-mail: icecconello@hotmail.com

  • Bruno Zilbertein, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo

    2o lugar Prêmio Oswaldo Cruz – Área: Cirúrgica no 33o COMU - Congresso Médico Universitário da FMUSP, SP, 31 de out. a 02 de nov. de 2014. 

    Orientador, Professor Livre Docente do Departamento de Gastroenterologia, Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E-mail: brunozilb@uol.com.br

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Publicado

2015-03-05

Edição

Seção

COMU - Prêmio Oswaldo Cruz

Como Citar

Partição gástrica para o tratamento paliativo de pacientes com tumores gástricos distais obstrutivos e irresecáveis. (2015). Revista De Medicina, 94(1), 21-28. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v94i1p21-28