Doença hipertensiva específica da gestação: uma revisão sobre tratamento

Autores

  • Karina Silva Rocha Centro Universitário São Camilo http://orcid.org/0000-0003-4531-4516
  • Tayná Fregoneze Farias Centro Universitário São Camilo
  • Alessandro Silvestre Centro Universitário São Camilo
  • Maria Monica Pereira Centro Universitário São Camilo, Curso de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i1p49-53

Palavras-chave:

Eclâmpsia, Preeclâmpsia, Hipertensão induzida pela gravidez/terapia, Gravidez, Terapêutica.

Resumo

Introdução: Estima-se que os distúrbios hipertensivos na gravidez afetam 6-8% das gestantes nos Estados Unidos e são considerados um dos principais fatores de mortalidade materna. No Brasil, de acordo com o DATASUS, se considerarmos as categorias O13 a O16 do CID-10, os distúrbios hipertensivos representaram cerca de 20,22% das mortes maternas no período de 2004 a 2014. Objetivos: O objetivo da revisão é demonstrar os tratamentos mais atuais para o tratamento de distúrbios hipertensivos durante a gravidez. Métodos: Foram consultadas as bases de dados Medline/Pubmed, LILACS/SciELO, Cochrane e Scopus, procurando artigos nacionais e internacionais publicados entre 2006 e 2016, em inglês e português, bem como os consensos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e as estatísticas do DATASUS. Resultados: As medidas recomendadas para prevenir a pré-eclâmpsia (PE) foram a suplementação de cálcio para gestantes com baixa ingestão dietética e a administração de baixas doses de aspirina. Na PE, se acontecer no termo, o tratamento é induzir o parto, mas se ocorrer pré-termo, é monitorar, administrar sulfato de magnésio (SM), anti-hipertensivos e corticóide. Em caso de eclâmpsia, a SM é muito eficaz para reduzir as convulsões eclâmpticas. Os fármacos utilizados no tratamento da hipertensão crônica grave são metildopa em associação ou não, com nifedipina ou hidralazina. A crise hipertensiva aguda é tratada com fármacos de primeira linha, como nifedipina e hidralazina, e alternativamente com nitroprussiato de sódio. Conclusão: Os principais protocolos mundiais seguem basicamente a mesma orientação, mudando apenas detalhes específicos de conduta de acordo com os recursos do sistema de saúde de cada país. O controle da pressão arterial materna apresenta resultados satisfatórios para o binômio materno-fetal, pois reduz o risco de PE e eclâmpsia. O tratamento definitivo para PE e eclâmpsia é a indução de parto, sendo utilizado apenas medidas terapêuticas para controle, já que não têm cura. 

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Biografia do Autor

  • Karina Silva Rocha, Centro Universitário São Camilo

    Trabalho apresentado como Apresentação Oral no Brazilian International Congress of Medical Students (BRAINCOMS), Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina EPM, São Paulo, SP, out. 2016. 
    Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo.

  • Tayná Fregoneze Farias, Centro Universitário São Camilo
    Trabalho apresentado como Apresentação Oral no Brazilian International Congress of Medical Students (BRAINCOMS), Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina EPM, São Paulo, SP, out. 2016. 
    Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo.
  • Alessandro Silvestre, Centro Universitário São Camilo
    Trabalho apresentado como Apresentação Oral no Brazilian International Congress of Medical Students (BRAINCOMS), Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina EPM, São Paulo, SP, out. 2016. 
    Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo.
  • Maria Monica Pereira, Centro Universitário São Camilo, Curso de Medicina
    Trabalho apresentado como Apresentação Oral no Brazilian International Congress of Medical Students (BRAINCOMS), Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Escola Paulista de Medicina EPM, São Paulo, SP, out. 2016. 
    Professora Coordenadora da Liga Acadêmica da Saúde da Mulher do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo, São Paulo (SP), Brasil.

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Publicado

2017-03-20

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Rocha, K. S., Farias, T. F., Silvestre, A., & Pereira, M. M. (2017). Doença hipertensiva específica da gestação: uma revisão sobre tratamento. Revista De Medicina, 96(1), 49-53. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i1p49-53