Prevalência de hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em mulheres na pós-menopausa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i4p379-384

Palavras-chave:

Deficiência de vitamina D, Hormônio paratireóideo, Doenças ósseas metabólicas, Pós-menopausa.

Resumo

Introdução: A vitamina D e o paratormônio (PTH) são os principais moduladores do metabolismo mineral, contribuindo para homeostase do cálcio e fósforo. Considera-se como insuficientes níveis séricos abaixo de 30 ng/mL de 25-hidroxi-vitamina D [25(OH)D] e deficientes quando abaixo de 20 ng/mL. Tal deficiência também ocasiona aumento da secreção de PTH e, assim, há aumento da desmineralização óssea. Este estudo visa avaliar os níveis séricos de 25(OH)D em mulheres na pós-menopausa e correlacioná-los com as concentrações de PTH e a densidade mineral óssea (DMO). Materiais e métodos: Foram coletados dados clínicos, laboratoriais e densitométricos de 114 mulheres na pós-menopausa que participaram de estudo clínico prévio. As pacientes incluídas apresentavam diagnóstico de osteopenia ou osteoporose sem tratamento prévio. A análise estatística foi realizada pelo software Statistica - Statsoft®. Resultados: As pacientes foram classificadas em osteoporóticas 82,9% (n=92) e osteopênicas 17,1% (n = 19). A média dos valores de 25(OH)D encontrada foi 26,21 ± 9,69 ng/mL. Identificou-se deficiência (16,05 ± 2,81 ng/mL) em 32,4% das pacientes (n = 37) e insuficiência (24,71 ± 3,18 ng/mL) em 33,3% (n = 38). Os valores de PTH apresentaram média de 53,7 ± 20,1 pg/mL. Destes, 25% (n = 29) apresentaram-se acima dos valores de referência. Os valores séricos de PTH correlacionaram-se negativamente com os valores séricos de 25(OH)D (p < 0,01; rho = -0.2971). Houve uma correlação negativa do T-score de colo de fêmur em duas situações: histórico de fraturas e no diagnóstico de fraturas de coluna (p < 0,01). Conclusão: Neste grupo de mulheres pós-menopausadas houve uma alta prevalência de hipovitaminose D, a qual se correlacionou negativamente com o PTH, não sendo observado relação com as estações do ano. Houve uma correlação entre a história de fraturas e a DMO, evidenciando que a DMO de fêmur pode predizer risco de fraturas em outros sítios.

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Biografia do Autor

  • Camila Varotto Baroncini, Universidade Federal do Paraná

    Estudante de Medicina desde 2014 na Universidade Federal do Paraná.

  • Thalles Pereira Regalado, Universidade Federal do Paraná

    Acadêmico do 5ºano de Medicina da Universidade Federal do Paraná

  • Victória Zeghbi Cochensk Borba, Universidade Federal do Paraná, Departamento de Clínica Médica

    Professora do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Paraná. Médica da Unidade de Metabolismo Ósseo do Serviço de Endocrinologia e Metabologia da UFPR- SEMPR

  • Carolina Aguiar Moreira, Universidade Federal do Paraná, Departamento de Clínica Médica

    Professora do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal do Paraná. Médica da Unidade de Metabolismo Ósseo do Serviço de Endocrinologia e Metabologia da UFPR- SEMPR. Médica do Serviço de Densitometria Óssea do Complexo Hospital de Clínicas

Publicado

2018-12-17

Edição

Seção

Artigos/Articles

Como Citar

Baroncini, C. V., Regalado, T. P., Borba, V. Z. C., & Moreira, C. A. (2018). Prevalência de hipovitaminose D e hiperparatireoidismo secundário em mulheres na pós-menopausa. Revista De Medicina, 97(4), 378-384. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i4p379-384