Perfil dos pacientes cadastrados com hanseníase no centro clínico universitário em Patos de Minas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p304-308

Palavras-chave:

Hanseníase, Hanseníase dimorfa, Hanseníase multibacilar, Planejamento socioeconômico, Brasil, Epidemiologia

Resumo

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo mycobacterium leprae e se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínico e epidemiológico dos portadores de hanseníase cadastrados no centro clínico universitário. Foi elaborado um roteiro de entrevista para 33 pacientes referentes às condições socioeconômicas, demográficas, ambientais e clínicas. A maioria era adultos, (média de 61,7 anos), pardos, sexo masculino, baixa escolaridade, economicamente ativos, todos classificados como baixa renda. Entre as formas da doença, a mais prevalente foi a dimorfa com a classificação operacional multibacilar. A incapacidade física de grau 0 predominou com 66,7%. Dentre os fatores que proporcionam maior risco à saúde, inclui-se a idade avançada e a baixa condição socioeconômica. A predominância multibacilar demonstra a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado por se tratar de caráter mais agressivos, que juntamente com as reações são importantes causas de incapacidade física, acarretando absenteísmo do trabalho.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Monique Martins, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

    Acadêmica de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Patos de Minas, MG. 

  • Lyza Alencar Siqueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

    Acadêmica de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Patos de Minas, MG. 

  • Cicero Augusto Zolli

    Médico Dermatologista pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (USP); Título de especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, São Paulo, SP. 

  • Natalia de Fátima Gonçalves Amâncio, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

    Docente no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM); Doutora em Promoção de Saúde, Patos de Minas, MG.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília; 2002. (Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 111). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf.

Brasil. Ministério da Saúde. Guia prático de hanseníase. Brasília; 2017. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf.

Lima HMN. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Rev Bras Clin Med. 2010;8(4):323-7. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n4/a007.pdf.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades/elaboração: área técnica de dermatologia sanitária. Brasília; 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/MANPREV2000.pdf.

World Health Organization. Global leprosy strategy: accelerating towards a leprosy-free world. Geneva; 2016 [cited 2019 June 20]. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/208824/9789290225201-pt.pdf;jsessionid=8a298c92164fecaa7cb5159feef54679?sequence=17.

Brasil. Ministério da Saúde. Estratégia nacional para o enfrentamento da hanseníase – 2019-2022. Brasília; 2019 [citado 20 jun. 2019]. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/27/estrategia-nacional-cghde-consulta-publica-27mar.pdf.

Alves ED, Ferreira TL, Nery I; NESPROM. Hanseníase: avanços e desafios. Brasília; 2014. Disponível em: http://www.morhan.org.br/views/upload/hanseniaseavancoes.pdf.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Caracterização da situação epidemiológica da hanseníase e diferenças por sexo, Brasil, 2012-2016. Bol Epidemiol. 2018;49(4):1-10. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/31/2018-004-hanseniase-publicacao.pdf.

Lana FCF, Amaral EP, Franco MS, Lanza FM. Estimativa da prevalência oculta da hanseníase no Vale do Jequitinhonha - MG. Rev Min Enferm. 2004;8(2):295-300. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/740.

Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. Acompanhamento dos dados de hanseníase em Minas Gerais: Brasil 2000-2016/2017: banco de dados do Sinan/SVS-MS [citado 11 jul. 2018]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/webtabx.exe?Hanseniase/hantfbr17.def.

Melão S, Blanco FLO, Mounzer N, Veroneze CCD, Simões PWTA. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Trop. 2011;44(1):79-84. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000100018.

Veloso DS, Melo CB, Sá TLB, Santos JP, Nascimento EF, Costa FAC. Perfil clínico epidemiológico da hanseníase: uma revisão integrativa. Rev Eletr Acervo Saúde. 2018;10:1429-37. doi: 10.25248/REAS146_2018.

Batista ES, Campos RX, Queiroz RCG, et al. Perfil sócio-demográfico e clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em Campos dos Goytacazes, RJ. Rev Bras Clin Med. 2011;9(2):101-6. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2011/v9n2/a1833.pdf.

World Health Organization. Global leprosy situation. Weekly Epidemiol Record. 2010;85(35):337-48. Available from: http://www.who.int/wer/2010/wer8535.pdf.

Sarmento APA, Pereirão AM, Ribeiro F, Castro JL, Almeida MB, Ramos NM. Perfil epidemiológico da hanseníase no período de 2009 a 2013 no município de Montes Claros (MG). Rev Soc Bras Clin Med. 2015;13(3):180-4. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2015/v13n3/a5389.pdf.

Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, Costa JML, et al. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(1):57-64. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822003000100009.

Miranzi SSC, Pereira LHM, Nunes AA. Perfil epidemiológico da hanseníase em um município brasileiro, no período de 2000 a 2006. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(1):62-67. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000100014.

Souza LWF. Reações hansênicas em pacientes em alta por cura pela poliquimioterapia. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(6):737-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822010000600029.

Publicado

2019-10-15

Edição

Seção

Artigos/Articles

Como Citar

Perfil dos pacientes cadastrados com hanseníase no centro clínico universitário em Patos de Minas. (2019). Revista De Medicina, 98(5), 304-308. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p304-308