Transplante cardíaco

Autores

  • Alfredo Inácio Fiorelli Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • José de Lima Oliveira Jr Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Noedir Antonio Groppo Stolf Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v88i3p123-137

Palavras-chave:

Insuficiência cardíaca, Transplante de coração, Imunossupressão

Resumo

A incidência da insuficiência cardíaca tem aumentado progressivamente nos últimos anos em função do aumento da longevidade da população, dos avanços no tratamento do infarto agudo com o uso de trombolíticos e de angioplastia, da ampliação das intervenções cardíacas e da melhora no diagnóstico da síndrome. Com as recentes modificações incorporadas no tratamento farmacológico houve sensível melhora na sobrevida dos pacientes. Todavia, a evolução da cardiomiopatia para formas terminais é inexorável pelas características da doença e, nessas situações, o transplante pode ser a única alternativa eficaz. O transplante cardíaco é a única forma eficaz de restaurar as funções hemodinâmicas do paciente, contudo apresenta limitações de diferentes ordens, não se aplicando a todos os candidatos. A carência de órgãos viáveis é um dos maiores fatores impeditivos no desenvolvimento dos transplantes. Este problema se torna mais evidente quando se trata de órgãos que são mais sensíveis às injúrias do choque e da isquemia. Em nosso meio, apesar dos grandes avanços conseguidos na legislação sobre transplantes de órgãos ainda existe carência de uma política de saúde efetiva voltada a fomentar a captação e a manutenção adequada dos doadores para que esta situação possa ser revertida. Os imunossupressores modernos oferecem bons resultados no controle dos episódios de rejeição a despeito da falta de maior especificidade. Os efeitos colaterais ainda são preocupantes e requerem controle rígido dos pacientes em longo prazo. A qualidade dos órgãos doados e o estado clínico grave dos candidatos que chegam aos centros de transplante são os principais fatores responsáveis pelos resultados insatisfatórios na fase imediata ao transplante de coração. O presente estudo visa apresentar uma revisão das principais etapas que envolvem o transplante cardíaco.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Alfredo Inácio Fiorelli, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Professor Colaborador e Doutor em Cirurgia Cardiopulmonar pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor do Transplante Cardíaco Adulto do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico-Supervisor da Liga de Transplante Cardíaco da FMUSP e InCor.
  • José de Lima Oliveira Jr, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Professor Colaborador e Doutor em Cirurgia Cardiopulmonar pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Aluno do Curso de Extensão Universitária em Transplante Cardíaco e Assistência Circulatória Mecânica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Noedir Antonio Groppo Stolf, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Professor Titular de Cirurgia Cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Downloads

Publicado

2009-09-06

Edição

Seção

Artigos Médicos

Como Citar

Fiorelli, A. I., Oliveira Jr, J. de L., & Stolf, N. A. G. (2009). Transplante cardíaco. Revista De Medicina, 88(3), 123-137. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v88i3p123-137