Transplante de intestino: para quem, quando e como? uma visão geral
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v88i3p150-162Palavras-chave:
Intestinos/transplante, Nutrição parenteral, Intestinos/patologiaResumo
O transplante de órgãos se tornou parte importante da medicina moderna. O transplante de intestino (ITx) foi introduzido no final da década de 1960 como um procedimento heróico para tratar falência do intestino. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi um dos pioneiros mundiais neste procedimento. Com a evolução biotecnológica na medicina, o transplante de intestino emergiu na década de 1990 como a única e permanente opção terapêutica para pacientes com falência intestinal irreversível. Àquele tempo, os resultados clínicos eram, ainda, desapontadores, principalmente devido às altas taxas de infecção pós-operatória e rejeição do enxerto. Entretanto, houve um grande desenvolvimento do transplante intestinal e multivisceral graças à melhoria da terapia imunossupressora, ao refinamento das técnicas cirúrgicas e dos cuidados pós-transplantes. O objetivo deste estudo é oferecer um panorama sobre quando o ITx deve ser indicado e sobre como o procedimento deve ser realizado.