Terapia por pressão negativa-vácuo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p142-146Palavras-chave:
Ferimentos e lesões/terapia, Tratamento de ferimentos com pressão negativa, Cirurgia plástica.Resumo
O tratamento das feridas ditas complexas é um desafio para o médico por constituir oneroso problema para os portadores, profissionais e gestores de saúde. O desenvolvimento de uma ferida de difícil tratamento aumenta o tempo de hospitalização, eleva os custos e acarreta maiores taxas de morbi-mortalidade. O método de utilizar a pressão negativa sobre o leito da ferida através de esponja de poliuretano, popularizado como terapia a vácuo, foi introduzido por Argenta et al. há cerca de 15 anos, atribuindo seu sucesso ao controle do edema, redução do número de colônias de bactérias e aumento do fluxo sangüíneo local,com conseqüente melhoria do tecido de granulação. A partir de então, estudos têm sido desenvolvidos, com o objetivo de esclarecer o mecanismo de ação de pressões abaixo da pressão atmosférica no leito da ferida. A avaliação desse sistema iniciou-se em São Paulo, Brazil, pela Disciplina de Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da FMUSP em 2001, inicialmente no tratamento de feridas complexas como úlceras por pressão, úlceras venosas e pé diabético, que são lesões crônicas com presença de tecido desvitalizado e dificuldade de formar um bom leito para receber um enxerto. Com o uso do vácuo, observa-se a formação mais precoce do tecido de granulação, o que possibilitou enxertia também mais precoce e fechamento mais rápido dessas feridas quando comparados com os longos tempos antes observados. Os resultados obtidos até o momento revelam que a terapia a vácuo é de grande auxilio também nas feridas agudas traumáticas, no tratamento de lesão cirúrgica infectada no esterno e no abdôme complicado e na integração de enxertos de peleDownloads
Os dados de download ainda não estão disponíveis.
Downloads
Publicado
2010-12-19
Edição
Seção
Artigos Médicos
Como Citar
Ferreira, M. C., & Paggiaro, A. O. (2010). Terapia por pressão negativa-vácuo. Revista De Medicina, 89(3-4), 142-146. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p142-146