Terapia por pressão negativa-vácuo

Autores

  • Marcus Castro Ferreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Disciplina de Cirurgia Plástica
  • André Oliveira Paggiaro Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p142-146

Palavras-chave:

Ferimentos e lesões/terapia, Tratamento de ferimentos com pressão negativa, Cirurgia plástica.

Resumo

O tratamento das feridas ditas complexas é um desafio para o médico por constituir oneroso problema para os portadores, profissionais e gestores de saúde. O desenvolvimento de uma ferida de difícil tratamento aumenta o tempo de hospitalização, eleva os custos e acarreta maiores taxas de morbi-mortalidade. O método de utilizar a pressão negativa sobre o leito da ferida através de esponja de poliuretano, popularizado como terapia a vácuo, foi introduzido por Argenta et al. há cerca de 15 anos, atribuindo seu sucesso ao controle do edema, redução do número de colônias de bactérias e aumento do fluxo sangüíneo local,com conseqüente melhoria do tecido de granulação. A partir de então, estudos têm sido desenvolvidos, com o objetivo de esclarecer o mecanismo de ação de pressões abaixo da pressão atmosférica no leito da ferida. A avaliação desse sistema iniciou-se em São Paulo, Brazil, pela Disciplina de Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da FMUSP em 2001, inicialmente no tratamento de feridas complexas como úlceras por pressão, úlceras venosas e pé diabético, que são lesões crônicas com presença de tecido desvitalizado e dificuldade de formar um bom leito para receber um enxerto. Com o uso do vácuo, observa-se a formação mais precoce do tecido de granulação, o que possibilitou enxertia também mais precoce e fechamento mais rápido dessas feridas quando comparados com os longos tempos antes observados. Os resultados obtidos até o momento revelam que a terapia a vácuo é de grande auxilio também nas feridas agudas traumáticas, no tratamento de lesão cirúrgica infectada no esterno e no abdôme complicado e na integração de enxertos de pele

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Biografia do Autor

  • Marcus Castro Ferreira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Disciplina de Cirurgia Plástica
    Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
  • André Oliveira Paggiaro, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras
    Médico Assistente-Doutor da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

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Publicado

2010-12-19

Edição

Seção

Artigos Médicos

Como Citar

Ferreira, M. C., & Paggiaro, A. O. (2010). Terapia por pressão negativa-vácuo. Revista De Medicina, 89(3-4), 142-146. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p142-146