Cultivo de células-tronco derivadas de tecido adiposo: uma análise crítica

Autores

  • Pedro Ribeiro Soares de Ladeira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Cesar Isaac Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Yeda Midori Nakamura Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Rafael Mamoru Carneiro Tutihashi Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • André Oliveira Paggiaro Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Marcus Castro Ferreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v91i4p246-252

Palavras-chave:

Células-tronco, Células-tronco mesenquimais, Células-tronco adultas, Tecido adiposo, Técnicas de cultura de células, Meios de cultivo condicionados, Colagenases.

Resumo

Introdução: células-tronco derivadas de tecido adiposo (ADSCs) são pluripotentes, tem coleta pouco invasiva e apresentam alto rendimento celular em cultura, além do fato de o número de lipoaspirações, a principal fonte destas células, estar aumentando ao redor do mundo. A Cirurgia Plástica tem encontrado benefícios de seu uso em diversas áreas, o que ressalta a importância de se analisar criticamente os protocolos de cultivo atualmente utilizados. Objetivo: descrever detalhadamente o protocolo de cultivo adotado pelo nosso laboratório para podermos realizar uma análise crítica sobre o cultivo de ADSCs. Método: excedentes de tecido adiposo foram doados ao laboratório com finalidade de pesquisa por cinco pacientes de ambos os sexos e faixa etária de 20 a 45 anos. De cada paciente, 30 mL do material gorduroso foram coletados em frasco estéril e transportados ao laboratório de cultura celular, onde foram submetidos, por 45 min, à digestão enzimática por 30 mg de colagenase tipo IA diluída em 30mL de meio de Dulbecco Modificado por Eagle (DMEM) e posteriormente centrifugados para que se isolem as células da matriz extracelular. A amplificação das culturas foi feita com solução de tripsina 0,05% + EDTA 0,02%. Para congelamento, utilizou-se meio de congelamento composto por 60% DMEM, 10% dimetilsulfóxido (DMSO) e 30% SBF. Resultados: o protocolo apresentado para o cultivo de ADSCs demonstrou um cultivo celular satisfatório, completando três passagens de cultura em todas as amostras, com posterior congelamento e descongelamento. Conclusões: a literatura científica nos indica que a colagenase possibilita extração e isolamento de ADSCs, devendo-se atentar ao tipo utilizado. Quanto ao congelamento, dado a citotoxicidade do DMSO, novos protocolos com grandes amostras substituindo este crioprotetor por trealose devem ser testados, visto que este último produziu bons resultados e não apresentou efeitos tóxicos nos estudos já publicados

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Biografia do Autor

  • Pedro Ribeiro Soares de Ladeira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP.
  • Cesar Isaac, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Médico responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas – LIM 04 HCFMUSP.
  • Yeda Midori Nakamura, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Bióloga membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas – LIM 04 - HCFMUSP.
  • Rafael Mamoru Carneiro Tutihashi, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Médico membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas – LIM 04 - HCFMUSP.
  • André Oliveira Paggiaro, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Médico responsável pelo Banco de Tecidos do Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP.
  • Marcus Castro Ferreira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica – FMUSP e Diretor Técnico da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimados - HCFMUSP.

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Publicado

2012-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Ladeira, P. R. S. de, Isaac, C., Nakamura, Y. M., Tutihashi, R. M. C., Paggiaro, A. O., & Ferreira, M. C. (2012). Cultivo de células-tronco derivadas de tecido adiposo: uma análise crítica. Revista De Medicina, 91(4), 246-252. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v91i4p246-252