Transmissão do glioma de um doador de múltiplos órgãos para o enxerto pancreático

Autores

  • Giovanni Scala Marchini Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
  • Fábio César Miranda Torricelli Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
  • Nam Jin Kim Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
  • Tércio Genzini Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
  • Marcelo Perosa de Miranda Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i1p22-27

Palavras-chave:

Transplante de pâncreas/efeitos adversos, Diabetes mellitus/etiologia, Doadores de tecidos, Astrocitoma, Neoplasias cerebrais.

Resumo

INTRODUÇÃO: A disparidade entre a oferta e a demanda de órgãos para transplanteimpulsiona a inclusão de doadores com tumores primários do sistema nervosocentral (SNC) no programa de transplantes. OBJETIVO: reportar um caso de um paciente que desenvolveu um glioma no enxerto pancreático proveniente de um doador de múltiplos órgãos cuja causa mortis foi um glioma maligno. RELATO DE CASO: paciente, branca, 11anos de idade, portadora de glioma maligno evolui a morte encefálica, sendo doadora de múltiplos órgãos. Havia sido submetida a 4 craniotomias com a finalidade de ressecar a massa tumoral. Sem sucesso, apresentou hipertensão intra-crâniana. No entanto, a derivação ventrículo-peritoneal não foi empregada em nenhum momento de sua evolução.Durante a captação do órgão, anormalidades intra-torácicas ou intra-abdominais não foram encontradas. Coração, fígado, pâncreas e um rim foram utilizados para transplante em diferentes receptores. Um rim não foi utilizado devido a problemas anatômicos. Um transplante de pâncreas isolado foi realizado um paciente masculino, 21 anos de idade, diabético tipo I há 19 anos. Não ocorreram complicações pós-operatórias e o paciente teve alta hospitalar livre de insulina. No quarto mês pós-operatório, foi encontrada uma tumoração na cabeça do pâncreas transplantado em exames de imagem. Optou-se, então, pela pancreatectomia. À histologia, demonstrou-se o mesmo tipo histológico do glioma malignodo doador. Atualmente, o paciente tem sido rigorosamente acompanhado, estando no 12ºmês pós-transplante, numa boa evolução clínica, sem imunossupressão, fazendo, novamente,uso de insulina e sem sinais de recidiva tumoral.

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Biografia do Autor

  • Giovanni Scala Marchini, Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
    Acadêmicos do 6º ano do Curso de Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Fábio César Miranda Torricelli, Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
    Acadêmicos do 6º ano do Curso de Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Nam Jin Kim, Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
    Acadêmicos do 5º ano do Curso de Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Tércio Genzini, Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
    Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Orientador.
  • Marcelo Perosa de Miranda, Universidade de São Paulo, Faculdade de São Paulo
    Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Orientador.

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Publicado

2006-03-16

Edição

Seção

Artigos Médicos

Como Citar

Marchini, G. S., Torricelli, F. C. M., Kim, N. J., Genzini, T., & Miranda, M. P. de. (2006). Transmissão do glioma de um doador de múltiplos órgãos para o enxerto pancreático. Revista De Medicina, 85(1), 22-27. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i1p22-27