Remodelamento estrutural de grandes artérias em pacientes com miocardiopatia hipertensiva é correlacionado à geometria ventricular e à disfunção renal

Autores

  • Bruno Caldin da Silva Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Luiz Aparecido Bortolotto Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i2p58-65

Palavras-chave:

Cardiomiopatias/patologia, Hipertensão/etiologia, Insuficiência cardíaca congestiva/complicações, Insuficiência cardíaca/cirurgia, Remodelação ventricular, Frequência cardíaca.

Resumo

Objetivo: Estudar parâmetros funcionais e estruturais de grandes artérias em pacientes hipertensos com diferentes graus de miocardiopatia hipertensiva. Material e métodos:Foram estudados 45 pacientes hipertensos (PA > 140/90mmHg ou em tratamento) e miocardiopatia hipertensiva definida por hipertrofia ventricular esquerda (HVE) (IMVE > 125g/m²) e/ou disfunção sistólica (DS) (FE < 0,50) ao ecocardiograma divididos em 2 grupos: 1)HVE sem DS, 16 pacientes; 2) HVE com DS, 18 pacientes. Dados foram comparados a 11pacientes hipertensos sem HVE ou DS. Parâmetros arteriais (espessura intima-medial-EIM,diâmetro interno, distensibilidade) foram avaliados em artéria carótida direita por equipamento“echo-tracking” e a rigidez aórtica pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) carótidofemoral pelo Complior. Resultados: Os pacientes do grupo HVE com DS apresentaram maior diâmetro de carótida (8,02 ± 0,88mm) e maior EIM (0,88 ± 0,21mm) que os pacientes do grupo controle (7,04 ± 0,73mm e 6,8 ± 0,13mm, p < 0.01), e os pacientes do grupo HVE semDS não apresentaram diferenças em relação aos demais grupos. A VOP e a distensibilidade de carótida foram similares nos 3 grupos de pacientes. Na análise multivariada, a EIM secorrelacionou significativamente com o IMVE (r = 0,44, p < 0,005), enquanto o diâmetro de carótida se correlacionou com a idade e à creatinina sérica (r = 0.54). Conclusão: Em hipertensos com hipertrofia ventricular e disfunção ventricular sistólica há um remodelamento estrutural de grandes artérias. Este remodelamento é relacionado à geometria ventricular e à disfunção renal, sem modificações da função vascular.

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Biografia do Autor

  • Bruno Caldin da Silva, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do 4º ano do curso médicina da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina.
  • Luiz Aparecido Bortolotto, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Médico-doutor Assistente da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração do hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2006-06-21

Edição

Seção

Artigos Médicos

Como Citar

Remodelamento estrutural de grandes artérias em pacientes com miocardiopatia hipertensiva é correlacionado à geometria ventricular e à disfunção renal. (2006). Revista De Medicina, 85(2), 58-65. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i2p58-65