O papel da Cirurgia Plástica no tratamento de feridas complexas – Infecção de esternotomia por KPC: relato de caso

Autores

  • Sumaya Abdul Ghaffar Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina http://orcid.org/0000-0001-9606-9309
  • Carolina Minelli Martines Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Andreas Reckmann Steiner Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Raphael Vilela Braga Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Samuel Terra Gallafrio Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
  • Rolf Gemperli Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i1p54-57

Palavras-chave:

Cirurgia plástica, Ferimentos e lesões, Tratamento de ferimentos com pressão negativa. Reconstrução, Mediastinite.

Resumo

Introdução. Um dos grandes objetivos da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica é a desmistificação da especialidade junto aos acadêmicos, mostrando que a atuação da mesma vai muito além da estética do paciente. A cirurgia reconstrutora procura a restauração da funcionalidade além da estética e, quando envolve o tratamento de feridas complexas, contribui significativamente para a diminuição da morbimortalidade dos pacientes e melhora da qualidade de vida dos mesmos O tórax é local de risco e a infecção de uma esternotomia pode ter evolução rápida e devastadora para mediastinite. Apresentação do caso. Homem de 60 anos, hipertenso, ex tabagista e ex etilista submetido a revascularização miocárdica completa eletiva em 2015, evoluiu em 14ºPO com hiperemia de cicatriz de esternotomia, submetido a ampla antibioticoterapia sem melhora. Foi avaliado pela Cirurgia Plástica conforme protocolo do hospital e indicada abordagem cirúrgica pela mesma, com desbridamento amplo e instalação de terapia por pressão negativa; a cultura do fragmento esternal identificou KPC multirresistente, bactéria de difícil tratamento. Após 3 abordagens cirúrgicas, com 2 trocas de terapia por pressão negativa (TPPN) e extensa antibioticoterapia, a evolução do paciente foi favorável. Discussão e Conclusão. O tratamento de feridas operatórias infectadas vai além da ampla antibioticoterapia, é necessária a abordagem da ferida com desbridamento, porém o por si só não é o suficiente e o fechamento de uma ferida infectada tem consequências desastrosas. A TPPN permitiu uma grande revolução no tratamento de feridas, pois cria um ambiente suficientemente seco que dificulta a proliferação bacteriana e favorece a cicatrização local como um todo. A abordagem de feridas pela Cirurgia Plástica é um grande exemplo de área de atuação que vai além da preocupação estética – tem-se uma importante diminuição de mortalidade e morbidade para os pacientes.

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Biografia do Autor

  • Sumaya Abdul Ghaffar, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmica do 5º ano da Faculdade de Medicina da USP
  • Carolina Minelli Martines, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmica do 5º ano da Faculdade de Medicina da USP.
  • Andreas Reckmann Steiner, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do 4º ano da Faculdade de Medicina da USP.
  • Raphael Vilela Braga, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Acadêmico do 5º ano da Faculdade de Medicina da USP.
  • Samuel Terra Gallafrio, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Cirurgião Plástico do Instituto do Coração - InCor HCFMUSP.
  • Rolf Gemperli, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina
    Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica da FMUSP desde agosto de 2013. Professor Titular do Departamento de Cirurgia, da Disciplina de Cirurgia Plástica e Queimaduras da FMUSP, desde 2015.

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Publicado

2017-03-20

Edição

Seção

Relato de Caso

Como Citar

O papel da Cirurgia Plástica no tratamento de feridas complexas – Infecção de esternotomia por KPC: relato de caso. (2017). Revista De Medicina, 96(1), 54-57. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i1p54-57