Prevalência de síndrome metabólica em pacientes curados de câncer pediátrico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i1p36-43

Palavras-chave:

Neoplasias/radioterapia, Neoplasias/terapia, Neoplasias/tratamento farmacológico, Glicemia, HDL-colesterol, Doenças metabólicas, Criança.

Resumo

O câncer atinge cerca de doze mil crianças por ano no Brasil. Parte delas, quando submetida a tratamento, tende a possuir maiores chances de desenvolver Síndrome Metabólica. Introdução: As crianças e adolescentes tratadas de câncer tendem a desenvolver a síndrome metabólica devido a alterações que os radioterápicos e quimioterápicos propiciam. Essas disfunções acometem os tecidos: adiposo, osteomuscular, endotelial; o trato gastrointestinal e o fígado. Objetivos: Analisar a prevalência de síndrome metabólica em crianças curadas de câncer e comparar as variáveis estudadas. Materiais e Métodos: Avaliamos trinta e oito pacientes do Hospital GPACI que tenham terminado o tratamento de câncer há, no mínimo, cinco anos. Foram investigadas variáveis como: glicemia, pressão arterial, circunferência abdominal, HDL, triglicerídeos, tipo de câncer, tipo de tratamento e histórico familiar. Como grupo controle, utilizamos 20 irmãos dos pacientes analisados sob os mesmos parâmetros. Resultados: Sobreviventes tiveram maior chance de desenvolver síndrome metabólica (RR 2,1 Mid-p 0,27). Tanto no grupo controle quanto no grupo de curados, o HDL foi o índice que teve mais alterações, estando abaixo ou igual a 45mg/dL em 46% dos voluntários. Comparando o grupo estudado com o grupo controle, a circunferência abdominal foi o fator de maior relevância (RR 5,2 Mid-p 0,02). Discussão: Contrastamos a prevalência de síndrome metabólica encontrada nos curados de câncer tanto com seus irmãos quanto com crianças e adolescentes dos Estados Unidos da América. Em ambas as comparações, a prevalência no grupo estudado foi maior, o que é semelhante a outras pesquisas realizadas. Conclusão: A circunferência abdominal foi o fator que apresentou significância estatística e maior risco de acometer os sobreviventes de câncer infantil. Diferentemente de outros estudos, os outros índices não tiveram significância estatística, provavelmente pelo tamanho da amostra.

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Biografia do Autor

  • Barbara Saragiotto, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, Sorocaba, SP, BR
    Aluna da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba - PUC-SP
  • Gustavo Ribeiro Neves, Hospital GPACI, Sorocaba, SP
    Médico do Hospital GPACI
  • Marcelo Gil Cliquet, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, Sorocaba, SP, BR
    Professor da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba - PUC-SP
  • Marina Mayumi Murazawa, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, Sorocaba, SP, BR
    Aluna da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba - PUC-SP
  • Thiago Cardona Felipe, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, Sorocaba, SP, BR
    Aluno da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba - PUC-SP

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Publicado

2018-03-15

Edição

Seção

Artigos/Articles

Como Citar

Prevalência de síndrome metabólica em pacientes curados de câncer pediátrico. (2018). Revista De Medicina, 97(1), 36-43. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i1p36-43