Avaliação oftalmológica de um grupo de motoristas profissionais de Campinas, São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v91i4p261-266Palavras-chave:
Acuidade visual, Condução de veículos/estatística & dados numéricos, Transtornos da visão/diagnóstico, Registros médicos.Resumo
Os condutores profissionais de veículos automotoresnecessitam de uma acuidade visual adequada, pois a visão é o elemento mais importante do ato de dirigir. OBJETIVO: avaliar as condições visuais de um grupo de 100 motoristas profissionais de Campinas, SP. MÉTODO: Nesse estudo retrospectivo foram revisados 100 prontuáriosoftalmológicos de motoristas profissionais em atividade, atendidos na Fundação Dr. João Penido Burnier, em Campinas,SP, Brasil, de 2006 a 2011. RESULTADOS: A média de idade dos profissionais foi de 52,8 anos, sendo todos do sexo masculino. As principais razões que motivaram a consulta foram avaliação periódica (36,8%) e queixa de baixa acuidade visual (33,6%). Relataram comorbidades sistêmicas 44%, sendo as mais prevalentes hipertensão arterial e diabetes Apresentaram 100% de visão 47% dos sujeitos e em 69,4% a visão foi igual ou superior a 0,66, avaliando-se cada olho separadamente. A acuidade visual foi inferior a 0,5 em um dos olhos em 22,1% dos motoristas. A afecção oftalmológica mais prevalente foi opacificação do cristalino (44,2%) e 16,8% delas tinham indicação de tratamento cirúrgico da catarata. Glaucoma ocorreu em 3,1%, pterígeo em 5,2%, pinguécula em 6,3% e aumento da pressão intraocular em 8,6%. A fundoscopia foi normal em 53,6% dos pacientes. As principais alterações do fundo de olho foram nervo óptico com escavação suspeita (10,5%), retinopatia diabética (8,4%), doença macular relacionada à idade (6,3%), retinopatia hipertensiva (3,1%), cicatrizes de corioretinite (3,1%), descolamento de retina (3,1%), coroidose miópica (3,1%) e hemorragia vítrea (2,1%). CONCLUSÕES: nesse grupo de motoristas profissionais as deficiências visuais apresentaram uma prevalência muito maior do que seria ideal nessa profissão. Pelo menos22,1% dos motoristas não poderiam ser profissionais, por não enxergarem 0,5 em um dos olhos. O número de motoristas que seriam reprovados nas categorias C, D e E possivelmente seria maior se fossem submetidos a uma perícia.Downloads
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Publicado
2012-12-18
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
Quagliato, L. B., Soares, C. B. C. da C., Soares, M. V. C. da C., & Faiman, C. J. S. (2012). Avaliação oftalmológica de um grupo de motoristas profissionais de Campinas, São Paulo. Revista De Medicina, 91(4), 261-266. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v91i4p261-266