Estudo anatômico do Filum Terminalis: dissecção de 31 cadáveres
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80i2-4p71-77Palavras-chave:
Doenças da medula espinhal/diagnóstico, Cauda eqüina/anatomia, Cauda eqüina/histologia, Cadáver.Resumo
Descrever a anatomia intradural do filum terminalis (FT) e relacionar sua origem, comprimento e inserção com a coluna lombar e sacral em 31 cadáveres de adultos sem patologias da coluna, visando acesso cirúrgico para a porção inferior intradural do FT. Métodos: Foram realizadas 31 dissecções em cadáveres frescos no Sistema de Verificação de Óbitos da Capital de São Paulo no período de março de 2000 a janeiro de 2001. A anatomia do filum terminalis foi estudada através de ampla laminectomia tóraco-lombo-sacral, identificando o nível de origem e inserção (porção superior, média ou inferior da vértebra ou espaço intervertebral em questão), comprimento e diâmetros na sua origem e terço médio. Resultados: Treze (42,0%) FT apresentaram origem em L1, sete (22,5%) em L2, cinco (16,1%) em T12, dois (6,5%) em L1-L2, dois (6,5%) em L2-L3, um (3,2%) em T12-L1 e um (3,2%) em T11. Dezoito (58,1%) FT apresentaram inserção em S2, cinco (16,1%) em S1, cinco (16,1%) em S3, dois (6.5%) em S2-S3 e um (3,2%) S1-S2. A média dos comprimentos aferidos da origem até a inserção do filum terminalis foi 158,86 mm, variando de 112,80 a 211,10 mm. A média dos diâmetros, na sua origem e terço médio, foram 1,36 mm e 0,72 mm, variando de 0,35 a 2,50 mm e 0,10 a 1,55 mm, respectivamente. Conclusões: Em nosso estudo, a maioria dos FT apresentou origem em L1 (42,0%) e inserção dural em S2 (58,1%), 16,1% apresentaram inserção em S1; dessa forma para devida exposição cirúrgica do filum terminalis na sua porção livre não inserida na dura-máter, além de laminectomia de S1, torna-se prudente a realização adicional de laminectomia parcial ou total de L5.