As pequenas vias aéreas na doença pulmonar obstrutiva crônica

por que ignorá-las no laudo de espirometria?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p329-333

Palavras-chave:

DPOC, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Oscilometria, Espirometria

Resumo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) foi a quarta causa de morte em todo o mundo em 2012. O distúrbio das pequenas vias aéreas é um elemento importante na DPOC. O estreitamento das pequenas vias aéreas é a causa principal de aumento da resistência do fluxo de ar na DPOC. Há evidências que lesões das vias aéreas pequenas ocorrem no início da história natural da DPOC. Assim, é importante que a espirometria e outros testes, como a oscilometria de impulso, sejam usados para o diagnóstico de doenças das pequenas vias aéreas. No laudo de espirometria, as medidas do fluxo expiratório médio máximo (MMEF25%-75% ou FEF25%-75%) devem ser consideradas usando as variáveis primárias, após diagnosticada ausência de obstrução. Se a relação VEF1 /CVF% for limítrofe, uma redução no MMEF25%-75% ou outros fluxos terminais corrigidos para a capacidade vital forçada ou também o tempo expiratório forçado elevado, diagnosticam a obstrução do fluxo em pequenas vias aéreas em indivíduos respiratórios sintomáticos.

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Biografia do Autor

  • Fernanda Amar Furtado, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF).
    Internos da disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

  • João Victor Cassiano Lima, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF).
    Internos da disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

  • Roger Emilio Aguas Cardenas, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF). 
    Aluno do Curso de Especialização em Pneumologia da UFF. 

  • Julio Anibal Tablada, Universidade Federal Fluminense (UFF), Faculdade de Medicina

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF).
    Disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

  • Caroline Ferreira dos Santos, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF).
    Internos da disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

  • Antonio Carlos Lemos da Silva, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF). Técnico certificado pela SBPT em provas de função pulmonar do Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário Antônio Pedro, vinculado à UFF. 

  • Patricia Siqueira Silva, Universidade Federal Fluminense (UFF)

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF).
    Especialista em Análises Clínicas pela UFF e certificada em provas de função pulmonar e fisiologia pela Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. 

  • Cyro Teixeira da Silva Junior, Universidade Federal Fluminense (UFF), Faculdade de Medicina

    Trabalho realizado no Laboratório de Provas de Função Pulmonar do Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose e outras Doenças Pulmonares da Universidade Federal Fluminense (UFF). 
    Professor Associado do Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da UFF. Doutor em Pneumologia e Neuroimunologia - UFF. Certificado para realizar e laudar exames de provas de função pulmonar pela SBPT sob o código 87516903. 

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Artigo de Atualização

Como Citar

Furtado, F. A., Lima, J. V. C., Cardenas, R. E. A., Tablada, J. A., Santos, C. F. dos, Silva, A. C. L. da, Silva, P. S., & Silva Junior, C. T. da. (2019). As pequenas vias aéreas na doença pulmonar obstrutiva crônica: por que ignorá-las no laudo de espirometria?. Revista De Medicina, 98(5), 329-333. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i5p329-333