Técnicas minimamente invasivas para o tratamento da hiperplasia prostática benigna
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i3p314-319Palavras-chave:
Hiperplasia prostática, Próstata, Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos.Resumo
A hiperplasia prostática benigna (HPB) ocorre em até 80% dos homens acima de 70 anos. A prevalência da HPB aumenta com a idade, desde aproximadamente 25% dos homens com menos de 50 anos até 90% na oitava década de vida. Opções de tratamento para os sintomas de trato urinário inferior (STUI) secundários à HPB, por muito tempo, foram restritos a terapia medicamentosa e, na falência desta, tratamento cirúrgico. No entanto, as cirurgias prostáticas são associadas a riscos com sangramento, necessidade de transfusão, além da quase onipresente disfunção ejaculatória pós-operatória. Diversas técnicas novas e minimamente invasivas para tratamento da HPB surgiram nos últimos anos. Comum a todos esses métodos são um perfil de segurança favorável, porém com taxas de sucesso e de melhora clínica variáveis, mas frequentemente inferiores às encontradas nas técnicas cirúrgicas clássicas. Os pacientes que mais se beneficiam dessas técnicas novas são aqueles que não desejam passar por cirurgia; que possuem alto risco cirúrgico, além dos que desejam evitar a ejaculação retrógrada quase sempre presente após cirurgia aberta ou ressecção endoscópica da próstata. Dispositivos mecânicos como o TIND (Temporary implantable nitinol device, ou dispositivo temporário implantável de nitinol) e Urolift parecem oferecer resultados satisfatórios com um perfil de segurança amplamente favorável. A persistência da melhora dos sintomas é ainda questionável, uma vez que esses métodos ainda não contam com um seguimento superior a 5 anos. Também deve ser ressaltado que esses métodos podem ter sua performance limitada em próstatas excepcionalmente grandes. Em especial, o Urolift não deve ser indicado em pacientes com um lobo mediano proeminente ou com próstatas de peso estimado superior a 100 gramas. De forma semelhante, novas técnicas para ablação tecidual, como a ablação com energia convectiva de vapor de água, parecem oferecer resultados promissores e seguros, porém também com seguimento limitado. A embolização de artérias prostáticas é um outro procedimento seguro e uma opção para pacientes que não estejam aptos, pelo alto risco, a passar por cirurgias convencionais, com resultados de curto e médio prazo satisfatórios, porém também desconhecidos ao longo prazo.Downloads
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Publicado
2018-07-18
Edição
Seção
Artigos/Articles
Como Citar
Barbosa, J. A. B. A., & Antunes, A. A. (2018). Técnicas minimamente invasivas para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Revista De Medicina, 97(3), 314-319. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i3p314-319