Características clínico-epidemiológicas do câncer infantojuvenil no estado de Alagoas, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i5p454-460Palavras-chave:
Neoplasias/diagnóstico, Neoplasias/epidemiologia, Criança, Brasil/epidemiologiaResumo
Objetivo: Avaliar os aspectos clínico-epidemiológicos do câncer infantojuvenil em Alagoas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de caráter retrospectivo e quantitativo. As informações referentes aos diagnósticos de neoplasias infantojuvenis no Estado de Alagoas foram coletadas a partir de consulta aos prontuários dos centros de referência estaduais para tratamento de câncer na população de 0 a 19 anos. Resultados: Quanto ao perfil dos acometidos, a incidência maior foi em indivíduos do sexo masculino entre 5-9 anos, pardos, sem escolaridade, procedentes da 1ª região de saúde. As neoplasias mais frequentes foram: tumores hematológicos (leucemias e linfomas), tumores do sistema nervoso central, renais, ósseos, retinoblastoma e partes moles. A terapêutica mais empregada no tratamento dos casos foi a quimioterapia. Houve aumento na média de diagnósticos de casos novos de câncer infantojuvenil na população do estado de Alagoas. A letalidade do câncer infantojuvenil no período foi de 14,6%. Conclusão: O câncer infantojuvenil em Alagoas, em concordância com o cenário nacional e internacional, continua sendo uma doença relativamente rara e de baixa incidência. O aumento dos casos verificado para o Estado pode estar associado a diversos fatores, entre estes, a maior capacitação profissional para triagem de sinais e sintomas clínicos, com consequente encaminhamento as unidades especializadas para investigação e diagnóstico precoce.