Comprometimentos sexuais em homens com lesão medular

revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v99i3p286-290

Palavras-chave:

Saúde sexual, Traumatismos da medula espinhal, Ejaculação precoce, Disfunção eretil, Fisioterapia

Resumo

Introdução: A lesão medular espinal impõe múltiplos desafios ao sujeito e seus familiares. Danos sensório-motores, disfunção autonômica e/ou esfincteriana são algumas das consequências, causadas por lesões da medula espinhal, impactando negativamente na qualidade de vida. Objetivo: conhecer e descrever as principais disfunções sexuais em pacientes com sequelas medulares; explanar novos horizontes do ponto de vista fisioterapêutico e os principais métodos de tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para esta população. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura que buscou por artigos nas bases de dados do Lilacs, PEDro, PuBmed e SciELO utilizando os termos lesão medular, disfunção sexual, fisioterapia, reabilitação. Foram incluídos artigos observacionais e ensaios clínicos publicados entre 2001 e 2017, nos idiomas de português, inglês e espanhol, que abordassem a disfunção sexual em homens que tiveram algum tipo de lesão medular. Foram excluídos artigos que abordassem o público feminino, artigos que associassem fisioterapia com outro tipo de tratamento e abstracts Resultados: foram encontrados 11 estudos que abordaram os comprometimentos sexuais em lesados medulares. A disfunções relatadas foram a disfunção erétil, seguidas da ejaculação precoce ou ausência da ejaculação, tendo por fim a redução do desejo sexual. Conclusão: A disfunção erétil, especificamente a neurogênica, foi a disfunção sexual mais encontrada, seguidas da ejaculação precoce ou ausência da ejaculação, tendo por fim a redução do desejo sexual.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gustavo Fernando Sutter Latorre, Portal Perineo.net

    Fisioterapeuta, Mestre em fisioterapia, Portal Perineo.net, Florianópolis, SC.

  • Ana Paula Padilha, Faculdade Inspirar

    Fisioterapeuta, pós-graduanda em Fisioterapia Pélvica Faculdade Inspirar, Florianópolis, SC, BR. 

  • Larissa Amorim, Faculdade Inspirar

    Fisioterapeuta, pós-graduanda em Fisioterapia Pélvica Faculdade Inspirar, Florianópolis, SC, BR. 

  • Kelen Gava Duminelli, Faculdade Inspirar

    Fisioterapeuta, pós-graduanda em Fisioterapia Pélvica Faculdade Inspirar, Florianópolis SC, BR. 

  • Erica Feio Carneiro Nunes, Universidade do Estado do Pará

    Doutora em Ciências da Reabilitação. Professora da Universidade do Estado do Pará. Belém, PA, BR. 

Referências

Andrade MJ, Gonçalves S. Lesão medular traumática recuperação neurológica e funcional. Acta Med Port. 2007;20:401-6. Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/885/559.

Mehrholz J, Kugler J, Pohl M. Locomotor training for walking after spinal cord injury. Spine. 2008;33:E768-77. doi: 10.1002/14651858.CD006676.pub3.

Ducharme SH. Sexuality and reproductive health in adults with spinal cord injury: a clinical practice guideline for health-care professionais. J Spinal Cord Med. 2010;33:281-336. doi: 10.1080/10790268.2010.11689709.

Nettina SM. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.

Ishibashi RAS, Olivieri FLD, Costa VSP. Perfil da função sexual em homens com lesão medular completa. Cient Ciênc Biol Saúde. 2005;7(1):65-8.

Roper N, Logan WW, Tierney AJ. Modelo de enfermagem Roper-Logan-Tierney. Portugal: Climepsi editores; 2001.

Cavalcante KMH. A expressão da sexualidade como atividade de vida do portador de lesão medular [Monografia]. Fortaleza: Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Ceará; 2005.

La Pera G. Awareness and timing of pelvic floor muscle contraction, pelvic exercises and rehabilitation of pelvic floor in lifelong premature ejaculation: 5 years experience. Arch Ital Urol Androl. 2014;86:123-5. doi: 10.4081/aiua.2014.2.123.

Tomen A, Fracaro G, Nunes ECF, Latorre GFS. A fisioterapia pélvica no tratamento de mulheres portadoras de vaginismo. Rev Ciênc Méd. 2015;24:121-30. https://doi.org/10.24220/2318-0897v24n3a3147.

Latorre GFL, Manfredini CCM, Demterco PS, Barreto VMNF, Nunes EFC. A fisioterapia pélvica no tratamento da vulvodínia: revisão sistemática. Femina. 2015;43:257-64. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2015/v43n6/a5325.pdf.

Torrecilha LA, Costa BT, Lima FB, Santos SMS, Souza RB. O perfil da sexualidade em homens com lesão medular. Fisioter Mov. 2014;27(1):39-48. https://doi.org/10.1590/0103-5150.027.001.AO04.

Schmid DM, Curt A, Hauri D, Schurch B. Clinical value of combined electrophysiological and urodynamic recordings to assess sexual disorders in spinal cord injured men. Neurourol Urodyn. 2003;22(4):314-21. doi: 10.1002/nau.10125.

Hamid R, Patki P, Bywater H, Shah PJ, Craggs MD. Effects of repeated ejaculations on semen characteristics following spinal cord injury. Spinal Cord. 2006;44(6):369-73. doi: 10.1038/sj.sc.3101849.

Yilmaz U, Vicars B, Yang CC. Evoked cavernous activity: neuroanatomic implications. Int J Impot Res. 2009;21:301-5. doi: 10.1038/ijir.2009.34.

Virseda-Chamorro M, Salinas-Casado J, Lopez-Garcia-Moreno AM, Cobo-Cuenca AI, Esteban-Fuertes M. Sexual dysfunction in men with spinal cord injury: a case-control study. Int J Impot Res. 2013;25(4):133-7. doi: 10.1038/ijir.2013.1.

Linstow V, Biering-Sørensen I, Liebach A, Lind M, Seitzberg A, Hansen RB. Spina bifida and sexuality. J Rehabil Med. 2014;46(9):891-7. doi: 10.2340/16501977-1863.

Rodríguez-Castiñeira RR, Jiménez-Morales RM, Cordero Montes M, Brunet Gómez D, Macías Delgado Y. Conducta sexual em hombres com lesión medular traumática. Gac Méd Espirit. 2014;16(1):12-9. Disponível em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1608-89212014000100003.

Lee NG, Andrews E, Rosoklija I, Logvinenko T, Johnson EK, Oates RD. The effect of spinal cord level on sexual function in the spina bifida population. J Pediatr Urol. 2015;11(3):142.e1-6. doi: 10.1016/j.jpurol.2015.02.010.

Cuenca C, Sampietro-Crespo A, Virseda-Chamorro M, Martín-Espinosa N. Psychological impact and sexual dysfunction in men with and without spinal cord injury. J Sex Med. 2015; 12: 436-44. doi.org/10.1111/jsm.12741

Akman RY, Çelik EC, Karataş M. Sexuality and sexual dysfunction in spinal cord-injured men in Turkey. Turk J Med Sci. 2015;45:758-61.

Smith AE, Molton IR, McMullen K, Jensen MP. Sexual function, satisfaction, and use of aids for sexual activity in middle-aged adults with long-term physical disability. Top Spinal Cord Inj Rehabil. 2015;21(3):227-32. doi: 10.1310/sci2103-227.

Lavoisier P, Roy P, Dantony E, Watrelot A, Ruggeri J, Dumoulin S. Pelvic-floor muscle rehabilitation in erectile dysfunction and premature ejaculation. Phys Ther. 2014; 94(12):1731-43. doi: 10.2522/ptj.20130354.

Garcia MC, Rodriguez FP, Delgado MM. Papel del reflejo bulbocavernoso em el diagnóstico de la disfunción sexual eréctil. Rev Cubana Invest Bioméd. 2001;20(3):209-12. Disponível em: http://scielo.sld.cu/pdf/ibi/v20n3/ibi08301.pdf.

Pastore AL, Palleschi G, Fuschi A, Maggioni C, Rago R, Zucchi A, et al. Pelvic floor muscle rehabilitation for patients with lifelong premature ejaculation: a novel therapeutic approach. Ther Adv Urol. 2014;6(3):83-8. doi: 10.1177/1756287214523329.

Bernards ATM, Berghmans BC, Slieker-Ten Hove MC, Staal JB, de Bie RA, Hendriks EJ. Dutch guidelines for physiotherapy in patients with stress urinary incontinence: an update. Int Urogynecol. 2014;25(2):171-9. doi: 10.1007/s00192-013-2219-3.

Bø K, et al. Evidence-based physical therapy for the pelvic floor: bridging science and clinical practice. 2nd ed. London: Churchill Livingstone; 2015.

Publicado

2020-06-16

Edição

Seção

Artigos de Revisão/Review Articles

Como Citar

Latorre, G. F. S., Padilha, A. P., Amorim, L., Duminelli, K. G., & Nunes, E. F. C. (2020). Comprometimentos sexuais em homens com lesão medular: revisão sistemática. Revista De Medicina, 99(3), 286-290. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v99i3p286-290