Processo de cura das feridas: cicatrização fisiológica

Autores

  • Cesar Isaac Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
  • Pedro Ribeiro Soares de Ladeira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
  • Francinni Mambrini Pires do Rêgo Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
  • Johnny Conduta Borda Aldunate Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
  • Marcus Castro Ferreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Disciplina de Cirurgia Plástica

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p125-131

Palavras-chave:

Cicatrização/fisiologia, Cicatriz, Regeneração/fisiologia, Tecidos/fisiologia, Cirurgia plástica.

Resumo

O ser humano possui três interfaces de contato com o meio ambiente: as mucosas do trato gastrointestinal, do trato pulmonar e a pele. Esta, por sua vez, está sujeita a diferentes tipos de estímulos danosos, os quais desencadeiam diversas vias biológicas que tentarão restaurar as funções perdidas. O conjunto dessas vias recebe o nome de processo de cicatrização, podendo ser dividido em três fases: inflamatória, proliferativa e remodeladora. A primeira é caracterizada pela hemostasia, resultante da formação do coágulo de fibrina, e migração de leucócitos fagocitários, os quais removerão as substâncias estranhas e micro-organismos. A segunda envolve, principalmente, a migração e proliferação de três classes celulares: fibroblastos, endotélio e queratinócitos, além da deposição de fibronectina sobre o arcabouço de fibrina, formando o fibronexus; da secreção de colágeno III, em sua maioria, sobre este último e da síntese de outros elementos matriciais, sendo o fibroblasto o maior responsável por estas mudanças estruturais. Na terceira e última fase ocorre mudança no padrão de organização do colágeno e de seu tipo principal, ocorrendo substituição de colágeno III por I, aumento no número de ligações cruzadas entre os monômeros desta substância e orientação prevalente nas linhas de stress da pele, fenômenos que aumentam a resistência da ferida. Todo o processo de cicatrização será controlado por polipeptídeos chamados fatores de crescimento, que modificarão a fisiologia de suas células-alvo.

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Biografia do Autor

  • Cesar Isaac, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
    Médico, membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04), Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
  • Pedro Ribeiro Soares de Ladeira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
    Acadêmico de Medicina, membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04), Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP)
  • Francinni Mambrini Pires do Rêgo, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
    Acadêmico de Medicina, membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04), Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
  • Johnny Conduta Borda Aldunate, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras, Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04)
    Médico, membro do Laboratório de Pesquisas em Cultura Celular e Feridas (LIM 04), Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP)
  • Marcus Castro Ferreira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Disciplina de Cirurgia Plástica
    Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Diretor da Divisão da Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

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Publicado

2010-12-19

Edição

Seção

Artigos Médicos

Como Citar

Processo de cura das feridas: cicatrização fisiológica. (2010). Revista De Medicina, 89(3-4), 125-131. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v89i3/4p125-131