Tratamento cirúrgico da espasticidade

Autores

  • Manoel Jacobsen Teixeira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia.
  • Erich Talammoni Fonoff Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v83i1-2p17-27

Palavras-chave:

Espasticidade muscular/cirurgia, Espasticidade muscular/fisiopatologia, Relaxantes musculares centrais/uso terapêutico.

Resumo

A espasticidade decorre de uma reorganização funcional de circuitos, em geral, medulares espinais após uma lesão que afeta total ou parcialmente as vias moduladoras da
motricidade e controle das interações sensitivas. Agrava-se devido a estímulos nociceptivos ou sensitivos de outra natureza, aumento de citocinas e emoções. A Avaliação da espasticidade fundamenta-se nos dados de história e no exame físico ressaltando-se a ocorrência de fatores
desencadeantes e agravantes e nas possíveis complicações de sua ocorrência. O tratamento fundamenta-se na remoção das possíveis causas da lesão neurológica e na eliminação de
fatores desencadeantes das crises de espasticidade, incluindo as escaras, os processos inflamatórios e dor. Os procedimentos de medicina física são importantes para a reabilitação, prevenção de complicações e melhora da função motora. Dentre os medicamentos miorrelaxantes destacando-se o baclofeno e o diazepam. Os procedimentos neurocirúrgicos funcionais ablativos, ou seja, as neurotomias super-seletivas, a rizotomia super-seletiva, a lesão do trato de Lissauer e do corno posterior da medula espinal e as mielotomias são indicadas em casos de ausência de melhora com procedimentos conservadores. A infusão de fármacos miorrelaxantes no compartimento liquórico é opção interessante especialmente no doente em que a atividade motora é útil. 

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Biografia do Autor

  • Manoel Jacobsen Teixeira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia.

    Médico neurocirurgião. Professor Doutor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diretor da Divisão da Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

  • Erich Talammoni Fonoff, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Neurologia.

    Médico neurocirurgião. Doutorando pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de
    São Paulo. Médico Residente da Divisão de Neurologia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2004-06-29

Edição

Seção

Aprendendo

Como Citar

Tratamento cirúrgico da espasticidade. (2004). Revista De Medicina, 83(1-2), 17-27. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v83i1-2p17-27