Prevenção da reestenose pós-angioplastia coronária: mito ou realidade?

Autores

  • Edson Guilherme dos Santos Filho Faculdade de Medicina de Santo Amaro
  • Guilherme Lozi Abdo Faculdade de Medicina de Santo Amaro
  • Milton Orel Faculdade de Medicina de Santo Amaro
  • Carlos Gun Faculdade de Medicina de Santo Amaro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v81i1-4p31-41

Palavras-chave:

Coronariopatia/prevenção & controle, Coronariopatia/mortalidade, Coronariopatia/terapia, Arteriosclerose coronariana/fisiopatologia, Angioplastia com balão/método, Imunossupressores/uso terapêutico.

Resumo

A doença arterial coronária é a principal causa de óbito em ambos os sexos em nações industrializadas. A maioria destas mortes ocorre devido à aterosclerose das artérias coronárias. A medida terapêutica mais eficaz para a aterosclerose obstrutiva é a Angioplastia Percutânea Transluminal Coronária (APTC) com a utilização de stent. Entretanto, esta terapia vem encontrando limitações em seu sucesso, pois em 30 a 50% dos casos de implantação de stent ocorre a principal complicação deste procedimento – a reestenose. Inúmeros fármacos têm sido testados com o propósito de prevenir o processo reestenótico, porém o sucesso foi pequeno quando comparado às taxas de reestenose encontradas. Estes fármacos podem ser divididos em dois grupos, os de ação sistêmica e local. Os sistêmicos não apresentaram resultados satisfatórios, uma vez que as taxas variaram de 9,5 a 40% na prevenção da reestenose. Já as drogas de liberação local, através do revestimento de stent com substâncias liberadas lentamente, os resultados foram significativos. Os principais fármacos estudados neste grupo incluem a Rapamicina e Paclitaxel. Este obteve resultados importantes na proliferação das camadas íntima e média, alcançando taxa de reestenose de 4%. Já a Rapamicina, através da inibição da proliferação de células musculares lisas tem importante papel na
prevenção da neoformação intimal, confirmado através da realização de estudos randomizados e duplo-cegos (RAVEL),
nos quais constatou-se taxa de reestenose nunca antes observada na cardiologia intervencionista – 0%. Apesar de
resultados promissores, há necessidade de maiores estudos clínicos para definir a real efetividade desta droga na
prevenção da reestenose pós APTC.

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Biografia do Autor

  • Edson Guilherme dos Santos Filho, Faculdade de Medicina de Santo Amaro
    Acadêmico do 4o. Ano da Faculdade de Medicina de Santo Amaro.
  • Guilherme Lozi Abdo, Faculdade de Medicina de Santo Amaro
    Acadêmico do 4o. Ano da Faculdade de Medicina de Santo Amaro.
  • Milton Orel, Faculdade de Medicina de Santo Amaro
    Acadêmico do 4o. Ano da Faculdade de Medicina de Santo Amaro.
  • Carlos Gun, Faculdade de Medicina de Santo Amaro
    Prof. Titular da Disciplina de Cardiologia da Faculdade de Medicina de Santo Amaro (orientador).

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Publicado

2002-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Prevenção da reestenose pós-angioplastia coronária: mito ou realidade?. (2002). Revista De Medicina, 81(1-4), 31-41. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v81i1-4p31-41