Comparação dos hábitos pessoais e conhecimento basal de promoção de saúde entre alunos do primeiro ano do Curso de Especialização de Medicina do Trabalho (Turma 2011), alunos residentes e internos do quinto ano da Faculdade de Medicina da USP
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v93i1p41-51Palavras-chave:
Promoção da saúde, Prevenção de doenças, Medicina preventiva, Saúde do trabalhador, Local de trabalho, Comportamentos saudáveis, Ambiente de trabalho.Resumo
Durante os anos de graduação do curso de medicina pouca ênfase é dada à importância da promoção e prevenção de saúde na vida dos médicos e pacientes. Este trabalho foi desenvolvido para avaliar o conhecimento basal dos alunos de especialização em medicina do trabalho sobre promoção de saúde e correlacioná-lo com o conhecimento basal dos alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (internos do quinto ano e residentes do primeiro ano de clínica médica) além de avaliarmos os seus próprios hábitos de saúde. Para isto fizemos uma revisão bibliográfica de 1997 a 2011 sobre o tema, nas bases de dados online. Foi realizado um estudo transversal no qual foram aplicados dois questionários que já haviam sido utilizados em estudos anteriores por Ferreira Junior, 2011. Os questionários forma denominados 1) “Questionário de atitudes e Comportamento” e 2) “Questionário de avaliação de conhecimento em promoção de saúde”. No questionário 1 as médias menores dos alunos da pós-graduação se apresentaram nos itens uso de cigarro e drogas, situações de estresse, comportamento sexual, qualidade do sono, vacinação e check up atuais, sendo que a expectativa para o próximo ano se manteve menor nos itens uso de drogas, estresse e prevenção de acidentes e violência. As notas maiores entre os pós-graduandos, foram relacionadas à alimentação e higiene bucal, tanto no momento atual como a expectativa para daqui um ano. As questões sobre atitude profissional, nos seus 13 itens as notas dos pós-graduandos foram maiores no item Capacitação. Nos demais itens, as notas dos alunos da graduação e da residência médica, e dos alunos da pós-graduação foram iguais. Quando comparadas as médias dos alunos da pós-graduação no chamado questionário 2, todos os itens apresentaram valores menores em relação às notas de internos e residentes. De acordo com os resultados obtidos observamos certo menosprezo com os temas relacionados a promoção da saúde. O prejuízo na qualidade do atendimento é inegável, uma vez que não há consciência por parte dos entrevistados da própria falta de conhecimento técnico atualizado com relação a promoção da saúde que contrasta com a auto-percepção de capacitação adequada para fazê-lo.