O direito autoral apreendido pela citação / uma outra história do século XX

Autores

  • Pascale Cassagnau Centro Nacional de Artes Plásticas de Paris

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-4077.v3i6p148-153

Palavras-chave:

Direito autoral, Plágio, Citação

Resumo

Em seu saboroso artigo intitulado Plágio por antecipação (2009), Pierre Bayard faz do anacronismo um método de análise da literatura ou da arte (Fra Angelico plagiou a técnica desenvolvida alguns séculos depois por Jackson Pollock, Sófocles copiou Freud, Voltaire copiou Conan Doyle e Kafka copiou Beckett) para estabelecer ressonâncias entre os textos a partir da figura do plágio. Delito que repousa sobre um empréstimo de uma ideia ou de um texto sem o conhecimento de seu autor, o plágio sinaliza tanto uma semelhança entre duas entidades quanto uma sutil diferença que indica que o texto de empréstimo não pertence ao contexto no qual aparece. Pierre Bayard opta por evidenciar essa dissonância ao tratar do plágio por antecipação, indicando uma problemática estética fundamental: o empréstimo, a citação, o jogo de referências comprovadas. Haveria, de certa forma, autores que se inspirariam em obras posteriores.

Biografia do Autor

  • Pascale Cassagnau, Centro Nacional de Artes Plásticas de Paris

    Doutora em história da arte e crítica de arte. Responsável pelos fundos audiovisuais e novos meios do Centro Nacional de Artes Plásticas de Paris (CNAP). Collaboradora regular da Art Press. Autora, entre outros livros, de: Future Amnesia: Enquêtes sur un troisième cinéma; Un pays supplémentaire; Intempestif, Indépendant, Fragile. Marguerite Duras et le cinéma d'art contemporain; Apichatpong Weearasethakull, Une théorie des objets personnels.

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Publicado

2014-11-25