A Prática dos Afetos (Estética em Gesualdo)

Autores

  • Luís Antônio Giron Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/rm.v10i0.61750

Resumo

O presente trabalho trata de um ensaio de resgate do caráter extramusical da poética gesualdiana a partir dos fundamentos de sua escritura musical. Em Gesualdo, uma filosofia existencial e a estética estão entranhadas em suas enarmonias, cromatismos, saltos intervalares olímpicos. Debruçar-se sobre ela é como estar num mundo desusado que prenuncia o Romantismo e o niilismo contemporâneo. Mas sua música continua a viver (embora sem muitos ouvintes ou executantes) como um grifo que nos assusta, encanta e suscita a análise de sua anatomia excêntrica. Ela soa como discurso poético que, vez por outra, deriva para o argumento
estético. É uma quase não-música, que inspirou os primeiros tratadistas do Barroco a elaborarem axiomas sobre como a música deveria exprimir sentimentos. A prática dos afetos levou à elaboração de sua teoria.

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Biografia do Autor

  • Luís Antônio Giron, Universidade de São Paulo
    Jornalista, crítico de música e mestre em musicologia pela USP

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Publicado

1999-12-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A Prática dos Afetos (Estética em Gesualdo). (1999). Revista Música, 10, 51-75. https://doi.org/10.11606/rm.v10i0.61750