Análise da exostose do meato auditivo externo como um marcador de atividade aquática em restos esqueletais humanos da costa e do interior do Brasil

Autores

  • Maria Mercedes M. Okumura Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva. Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos
  • Célia Helena C. Boyadjian Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva. Laboratório Antropologia Biológica
  • Sabine Eggers Universidade de São Paulo. Instituto de Biociências. Departamento de Genética e Biologia Evolutiva. Laboratório Antropologia Biológica

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2006.89718

Palavras-chave:

Sambaqui, Lagoa Santa, Botocudo, Marcador bioarqueológico

Resumo

Exostoses auditivas são utilizadas como marcadores de atividades aquáticas em estudos bioarqueológicos. A análise de 651 meatos auditivos direitos de esqueletos de 107 grupos brasileiros da costa e do interior mostrou que os grupos do interior apresentaram freqüências muito baixas de exostose (zero a 0,03), porém, nos grupos da costa (mais relacionados às atividades aquáticas devido ao padrão de subsistência baseado em recursos marinhos) a freqüência variou de zero a 0,58. Isso pode ser explicado pela combinação da temperatura atmosférica associada à ação dos ventos, uma vez que a temperatura da água não varia muito nessas regiões. Portanto, deve haver cautela quanto ao uso das exostoses auditivas como marcador de atividades aquáticas, já que este traço não se desenvolve, necessariamente, em todos os grupos ligados a essas atividades e, quando se desenvolve, apresenta freqüências distintas.

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Publicado

2006-12-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

OKUMURA, Maria Mercedes M.; BOYADJIAN, Célia Helena C.; EGGERS, Sabine. Análise da exostose do meato auditivo externo como um marcador de atividade aquática em restos esqueletais humanos da costa e do interior do Brasil. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 15-16, p. 181–197, 2006. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2006.89718. Disponível em: https://revistas.usp.br/revmae/article/view/89718.. Acesso em: 18 abr. 2024.