Lesões vertebrais e estilos de vida diferenciados em dois grupos sambaquieiros do litoral Fluminense

Autores

  • Andrea Lessa Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional. Departamento de Antropologia
  • Izaura S. Coelho Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2010.89914

Palavras-chave:

Paleoepidemiologia, Espondilólises, Nódulos de Schmorl, Sambaqui, Rio de Janeiro

Resumo

Foram examinadas séries esqueléticas pré-coloniais do litoral Fluminense para a presença de espondilólises e nódulos de Schmorl, causados por movimentos repetitivos e vigorosos de hiperextensão e rotação lombar, e pela incidência de forças compressivas nos discos intervertebrais. Prevalências de 71,4% e 50% para a série Ilhote do Leste, e 0% e 17% para a sperie Zé Espinho, respectivamente, sugerem que o primeiro grupo mantinha um padrão de atividades cotidianas muito intensas, possivelmente associadas ao uso de embarcações em mar aberto. As baixas prevalências observadas para a série Zé Espinho demonstram uma menor exposição a riscos de lesão, o que pode estar associado a uma intensiva exploração do ambiente de mangue e de uma baia de águas calmas. Dados arqueológicos, ambientais e bioarqueológicos dão suporte a esta interpretação, a qual enfatiza a necessidade de se entender o estilo de vida dos grupos sambaquiaeiros a partir de suas singularidades.

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Publicado

2010-12-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

LESSA, Andrea; COELHO, Izaura S. Lesões vertebrais e estilos de vida diferenciados em dois grupos sambaquieiros do litoral Fluminense. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 20, p. 77–89, 2010. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2010.89914. Disponível em: https://revistas.usp.br/revmae/article/view/89914.. Acesso em: 19 abr. 2024.