Liberalização interrompida

Autores

  • Adilson de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i104p51-62

Palavras-chave:

sistema elétrico, liberalização econômica, mercado atacadista de energia, risco de racionamento.

Resumo

O regime monopolista operado com tarifas pelo custo do serviço permitiu ao sistema elétrico mover-se em um círculo virtuoso de expansão com tarifas cadentes durante décadas. Esse círculo rompeu-se no último quartil do século passado, quando mudanças no contexto econômico criaram fortes pressões sobre os custos setoriais. Deslanchada no governo FHC, a liberalização do mercado elétrico foi interrompida no governo Lula criando dois paradoxos: 1) custos técnicos baixos, porém tarifas elevadas; 2) margem de reserva elevada, contudo o risco de racionamento de energia é permanente. Esses problemas têm sua origem nas inconsistências do mercado de energia. Dar continuidade ao processo de liberalização do mercado elétrico é condição sine qua non para que o risco recorrente de racionamento seja removido e o sistema elétrico volte a operar em um círculo virtuoso de expansão.

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Biografia do Autor

  • Adilson de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia.

    professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2015-03-05

Edição

Seção

Dossiê Energia Elétrica

Como Citar

OLIVEIRA, Adilson de. Liberalização interrompida. Revista USP, São Paulo, Brasil, n. 104, p. 51–62, 2015. DOI: 10.11606/issn.2316-9036.v0i104p51-62. Disponível em: https://revistas.usp.br/revusp/article/view/106753.. Acesso em: 24 abr. 2024.