Contribuição para o estudo da anestesia epidural nos bovinos

Autores

  • Ângelo Vincenzo Stopiglia Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia e Clínicas Cirúrgica e Obstétrica, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v5i4p639-652

Palavras-chave:

O artigo não apresenta palavras-chave.

Resumo

Prosseguindo investigações sôbre as anestesias espinhais nos animais, o autor focaliza, no presente trabalho, estudo concernente a anestesia epidural nos bovinos. Passa inicialmente em revista a farta bibliografia existente a propósito, verificando, todavia, pobreza de publicações na literatura nacional. A seguir tece considerações gerais sôbre a difusão dos líquidos anestésicos injetados no espaço epidural, particularizando as conclusões interessantes a êsse respeito descritas por SCHEREIBER e SCHALLER 22. Ao tratar da questão relativa às modalidades da anestesia epidural nos bovinos, critica as divisões adotadas admitindo que a classificação em anestesia epidural sacra-coccigeàna e inter-coccigeana ou caudal, quiçá, seja a mais feliz. No estudo da técnica da anestesia aborda com respectivos pormenores os pontos respeitantes ao instrumental, à posição da agulha e, sobretudo, do paciente, à via de acesso preferível (1.° espaço coccigeano) à evolução, à duração e ao decurso pós-anestésico. Prossegue, desenvolvendo minucioso capítulo quanto a escolha da solução anestésica e dosagem, de acôrdo com os vários autores que estudaram o assunto, concluindo à luz da literatura consultada que o emprêgo de anestésico em concentrações superiores às classicamente descritas ofereceram resultados mais vantajosos. O autor, empregando em seus casos a Novocaína a 5% com adrenalina (Scurocaine-Rhodia), obtem resultados satisfatórios, e confirma as observações dos autores que fizeram uso de anestésico em concentração semelhante. Verifica:
a) doses menores (5 a 40 ml conforme o talhe do animal, a sede, a natureza e o objetivo da operação) àquelas citadas nos compêndios especializados foram suficientes para determinar anestesia perfeita e completa da cauda, da região perineal, da lombar, das mamas, dos órgãos genitais, dos membros posteriores e das paredes da cavidade abdominal situadas caudalmente à região umbilical;
b) abreviação no “ tempo de espera” (10 minutos) e ação mais duradoura da anestesia (média de 2 horas e meia);
c) boas condições durante o ato operatório, com relaxamento dos músculos das respectivas regiões anestesiadas;
d) ausência de acidentes e de complicações durante ou após a anestesia.

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Publicado

1956-12-15

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

Contribuição para o estudo da anestesia epidural nos bovinos. (1956). Revista Da Faculdade De Medicina Veterinária, Universidade De São Paulo, 5(4), 639-652. https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v5i4p639-652