Quando o carnaval chegou: ativismo político no anverso histórico do Homo ludens

Autores

  • Francisco Mata Machado Tavares Universidade Federal de Goiás
  • Ellen Ribeiro Veloso Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i64p224-248

Palavras-chave:

Homo ludens, Vilém Flusser, alienação, greve dos garis, ativismo.

Resumo

O debate filosófico sobre a pertinência da categoria hegelo-marxista da alienação, em terras brasileiras, não se contém no âmbito estritamente conceitual, revelando-se de maneira significativa sua dimensão fática. O filósofo Vilém Flusser, por exemplo, valeu-se dos atributos sócio-históricos da sociedade brasileira para tecer uma crítica ao con­ceito de alienação e, assim, justificar a sua tese de que há no marxismo hegeliano um universalismo que não contempla realidades como a do Brasil. Este artigo se propõe a reavaliar o diagnóstico apresen­tado por Flusser, de modo a infirmar, a partir de um estudo de caso centrado na greve dos garis de 2014 no Rio de Janeiro, a generalização de que o brasilei­ro seria o Homo ludens, cuja realidade se manifesta na alienação. Sugere-se, assim, uma interpretação alternativa para a relação entre o lúdico e o político no Brasil e, por via oblíqua, a reabilitação da noção hegeliana de alienação em face da crítica fenomeno­lógica que Flusser lhe confere. 

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Publicado

2016-08-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Tavares, F. M. M., & Veloso, E. R. (2016). Quando o carnaval chegou: ativismo político no anverso histórico do Homo ludens. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 64, 224-248. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i64p224-248