Sinais da historicidade revelados em fragmentos de memória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i76p142-157

Palavras-chave:

História oral, Itapina, narrativas

Resumo

Este artigo tem como proposição a apresentação reflexiva de narrativas de três interlocutoras que possibilitam descortinar fragmentos das relações sociais estabelecidas no ambiente familiar e comunitário em Itapina, distrito de Colatina, Espírito Santo. O lugar, constituído no final do século XIX, se tornou um dos polos comerciais de café mais importantes do estado no primeiro quartel do século XX, com o estabelecimento e o fortalecimento de uma elite econômica, social e cultural no contexto do Noroeste e perdeu seu vigor econômico nos anos de 1960 com a erradicação do café. A partir de então a grande maioria dos moradores migrou para a sede do município ou para outras regiões do país. O texto é ancorado nas perspectivas teórico-metodológicas da memória e da história oral.  

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Biografia do Autor

  • Maria Cristina Dadalto, Universidade Federal do Espírito Santo

    Maria Cristina Dadalto é professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), vinculada aos programas de pós-graduação em Ciências Sociais e História.

  • Patricia Pereira Pavesi, Universidade Federal do Espírito Santo

    Patricia Pereira Pavesi é professora do Departamento de Ciências Sociais da UFES e coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais.

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Publicado

2020-08-12

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Sinais da historicidade revelados em fragmentos de memória. (2020). Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(76), 142-157. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i76p142-157