Tratamento em massa para controle das helmintíases intestinais em área endêmica na Amazônia Brasileira

Autores

  • Márcio Neves Bóia Universidade do Estado do Rio de Janeiro; FCM
  • Filipe Anibal Carvalho- Costa Fiocruz; IOC
  • Fernando Campos Sodré Universidade Federal Fluminense; Departamento de Patologia
  • Walter A. Eyer-Silva Fiocruz; IOC
  • Cristiane Cruz Lamas Fiocruz; IOC
  • Marcelo Rosadinski Lyra Fiocruz; IOC
  • Vitor Laerte Pinto Júnior Fiocruz; IOC
  • João Paulo Cantalice Filho Fiocruz; IOC
  • Ana Lucia L. Oliveira Fiocruz; IOC
  • Liège M. Abreu Carvalho Fiocruz; IOC
  • Julise B. Gross Fiocruz; IOC
  • Ana Lucia S. Sousa Fiocruz; IOC
  • Teruo Ito de Moraes Fiocruz; IOC
  • Elkin Hernán Bermudez-Aza Fiocruz; IOC
  • Ezequias Baptista Martins Fiocruz; IOC
  • José Rodrigues Coura Fiocruz; IOC; Departamento de Medicina Tropical; Laboratório de Doenças Parasitárias

Palavras-chave:

Intestinal helminthiasis, Mass Treatment, Control, Amazon

Resumo

O presente trabalho objetivou avaliar a prevalência e o papel de um tratamento em massa das helmintíases intestinais em Santa Isabel do Rio Negro, Estado do Amazonas, Brasil. Foi realizado em 2002 um estudo seccional, incluindo inquérito copro-parasitológico, objetivando a obtenção das prevalências das parasitoses intestinais e dados sobre as condições sanitárias do local, estudando-se uma amostra de 308 indivíduos. Em 2003 foi realizada intervenção para tratamento em massa das helmintíases intestinais com administração de albendazol (ou mebendazol para crianças entre 12 e 24 meses) na sede do município, alcançando-se 83% de cobertura. Novo inquérito copro-parasitológico foi realizado em 2004, para comparação das prevalências antes a após o tratamento. As prevalências das infecções por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e ancilostomídeos foram 48%, 27% e 21%, respectivamente em 2002. Em 2004 observou-se redução significativa das infecções por Ascaris lumbricoides (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,44 / 0,30 - 0,65), Trichuris trichiura (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,37 / 0,22 - 0,62), ancilostomídeos (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,03 / 0,01 - 0,15) e poliparasitismo por helmintos intestinais (p < 0,05; OR / 95% IC = 0,16 / 0,08 - 0,32). Foi também observada redução da prevalência de infecção por Entamoeba histolytica/dispar (p < 0,05; OR / 95% CI = 0,30 / 0,19 - 0,49). Concluiu-se que o tratamento em massa pode auxiliar o controle das helmintíases intestinais, porém ações governamentais em infraestrutura urbana e educação são essenciais para uma redução sustentada das prevalências destas infecções.

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Publicado

2006-08-01

Edição

Seção

Parasitologia

Como Citar

Bóia, M. N., Carvalho- Costa, F. A., Sodré, F. C., Eyer-Silva, W. A., Lamas, C. C., Lyra, M. R., Pinto Júnior, V. L., Cantalice Filho, J. P., Oliveira, A. L. L., Carvalho, L. M. A., Gross, J. B., Sousa, A. L. S., Moraes, T. I. de, Bermudez-Aza, E. H., Martins, E. B., & Coura, J. R. (2006). Tratamento em massa para controle das helmintíases intestinais em área endêmica na Amazônia Brasileira . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 48(4), 189-195. https://revistas.usp.br/rimtsp/article/view/31006