Reação adversa a medicamento: uma análise comparativa de protocolos utilizados para o tratamento do câncer colorretal

Autores

  • Marcela Maciel Melo
  • Rafael Marques Cardoso
  • Mario Jorge Sobreira da Silva Instituto Nacional de Câncer - INCA

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i4p245-254

Palavras-chave:

Câncer colorretal. Protocolos de Quimioterapia Combinada Antineoplásica. Reação Adversa.

Resumo

Modelo do estudo: Estudo de coorte. Objetivo: Analisar as reações adversas ocorridas em pacientes brasileiros com câncer colorretal submetidos ao tratamento quimioterápico com dois protocolos distintos, visando identificar os tipos e a severidade das alterações mais frequentes. Método: Foram avaliados 63 pacientes, que iniciaram tratamento entre junho de 2014 a maio de 2015 em uma instituição do Rio de Janeiro, subdivididos em dois grupos: protocolo mFOLFOX6 (esquema contendo oxaliplatina 85mg/m2, ácido folínico 400mg/m2 e 5-fluorouracil em infusão em bolus 400mg/m2 e contínua 2.400mg/ m2, n= 40) e protocolo FOLFIRI (esquema contendo irinotecano 180mg/m2, ácido folínico 400mg/m2 e 5-fluorouracil em infusão em bolus 400mg/m2 e contínua 2.400mg/m2, n= 23). Foram coletados do prontuário dados relacionados ao perfil demográfico e clínico dos pacientes, além de informações do tratamento realizado e das toxicidades manifestadas. As toxicidades foram classificadas quanto à gravidade (graus 1, 2, 3 e 4) e causalidade (definida, provável, possível e duvidosa). Resultados: Foi observada alta frequência de toxicidades em ambos os grupos, atingindo 92,5% dos pacientes com protocolo mFOLFOX6 e 95,6% com protocolo FOLFIRI. As toxicidades gastrointestinais e neurológicas foram as mais frequentes, independente do grupo. Ao comparar a ocorrência das reações intergrupos, houve diferença apenas para as toxicidades gastrointestinais (p=0,035). Em 17,5% dos pacientes do grupo mFOLFOX6 (n= 7) e em 8,7% do grupo FOLFIRI (n= 2) se observou toxicidades dos tipos 3 e 4, sendo estas classificadas como provável reação adversa aos medicamentos. Conclusão: As toxicidades foram mais variadas e frequentes no grupo mFOLFOX6 em comparação ao grupo FOLFIRI. Entretanto, não se observou diferença na severidade e na causalidade das reações ocorridas em ambos os grupos.

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Biografia do Autor

  • Marcela Maciel Melo
    Farmacêutica. Especialista em Oncologia – Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
  • Rafael Marques Cardoso
    Farmacêutico. Mestre em Biologia Celular e Molecular, Tecnologista na Central de manipulação de antineoplásicos e medicamentos de suporte em quimioterapia – INCA.
  • Mario Jorge Sobreira da Silva, Instituto Nacional de Câncer - INCA
    Farmacêutico. Doutorando em Saúde Pública, Chefe da Divisão Lato Sensu e Técnico – INCA.

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Publicado

2017-08-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Melo MM, Cardoso RM, Silva MJS da. Reação adversa a medicamento: uma análise comparativa de protocolos utilizados para o tratamento do câncer colorretal. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 9º de agosto de 2017 [citado 26º de abril de 2024];50(4):245-54. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/140488