Turismo e Corrupção no Brasil

uma perspectiva política e econômica

Autores

  • Roseane Barcellos Marques Universidade Anhembi Morumbi
  • Carlos Alberto Alves Universidade Anhembi Morumbi
  • Elizabeth Kyoko Wada Universidade Anhembi Morumbi

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v31i1p1-18

Palavras-chave:

Turismo, Economia do turismo, Corrupção

Resumo

O desenvolvimento do turismo no Brasil é um desafio histórico para instituições públicas e privadas. O país possui atrativos culturais, sociais e naturais que sustentam sua inserção na rota do turismo mundial, mas as limitações, peculiares a um país com seu grau de desenvolvimento econômico, impõem um trade-off entre o turismo e os demais setores da economia. O período entre 2002 e 2017 abrange a tomada de decisão e hospedagem da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro sediou os Jogos Olímpicos, além de outras cinco cidades que receberam os jogos de futebol. Os eventos corroboraram a perspectiva stop-and-go do desenvolvimento do turismo brasileiro e estimularam este estudo. Esta pesquisa tem como objetivo apresentar os impactos da corrupção na construção da infraestrutura de megaeventos e nos resultados econômicos e turísticos do período. A pesquisa é de caráter exploratória com revisão de literatura e conteúdo publicado na mídia nacional, considera as práticas de corrupção reveladas pela mídia nacional, em formato digital e acesso público, na operacionalização da Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Os dilemas surgiram com as denúncias de corrupção entre as organizações públicas, privadas e público-privadas, confirmadas por práticas de corrupção passiva e ativa que culminaram na condenação dos envolvidos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Roseane Barcellos Marques, Universidade Anhembi Morumbi

    Possui doutorado em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.

  • Carlos Alberto Alves, Universidade Anhembi Morumbi

    Possui doutorado em Administração pela Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação em Hospitalidade e do Mestrado Profissional em Gestão de Alimentos e Bebidas da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.

  • Elizabeth Kyoko Wada, Universidade Anhembi Morumbi

    Fez pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo da Universidade Federal de Paraná, Curitiba, PR, Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação em Hospitalidade e do Mestrado Profissional em Gestão de Alimentos e Bebidas da Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil.

Referências

Almeida, M. (2009). Matriz de avaliação do potencial turístico de localidades receptoras. Revista Turismo em Análise, 20(3), 541-563. doi:10.11606/issn.1984-4867.v20i3p541-561

Amado, A. (2000). Limites monetários ao crescimento: Keynes e a não-neutralidade da moeda. Ensaios FEE, 21(1), 44-81. Recuperado de https://bit.ly/2SzWdvq

Araujo, J. (1998). Modelos de crescimento de inspiração keynesiana. Estudos Econômicos, 28(1), 5-32.

Ball, F., Ibañez, J., & Sastre, M. (2003). Multipliacador turistico. San Juan Bosco. Recuperado de https://bit.ly/2YDndhE

Beni, M. (2006a). Análise estrutural do turismo. São Paulo, SP: Ed. Senac.

Beni, M. (2006b). Política e planejamento de turismo no Brasil. São Paulo, SP: Aleph.

Boullón, R. (1985). Planificación del espacio turístico. Cidado do México, DF: Trillas.

Bresser-Pereira, L. (2011). É o Estado capaz de se autorreformar? Desigualdade & Diversidade, 11-20. Dossiê especial. Recuperado de https://bit.ly/2WuLgNX

Bresser-Pereira, L. (2017). The political construction of Brazil. Boulder, Co: Lynne Rienner Publishers.

Carvalho, L., & Vasconcellos, M. (2006). Introdução à economia do turismo. São Paulo, SP: Saraiva.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Recuperado de https://bit.ly/2zWye2Z

Consulta de relatórios de gestão. (2017). Tribunal de Contas da União. Recuperado de https://bit.ly/35YXce1

Cooper, C., Fletcher, J., Fyall, A., Gilbert, D., & Wanhill, S. (2007). Turismo: Princípios e práticas. São Paulo, SP: Bookman.

Costa, H. (2005). Corrupção e improbidade administrativa. Revista Do Ministério Público, 15.

Curvello, J., & Scroferneker, C. (2008). A comunicação e as organizações como sistemas complexos. E-Compós, 11(3), 1-16.

Dann, G., & Parrinello, G. (2009). The sociology of tourism. Bingley, Inglaterra: Emerald.

Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm

Evans, P., Rueschemeyer, D., Skocpol, T. (1985). Bringing the State back in. Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press.

Fernández, R., & Ruff, T. (2017). Estimacion del multiplicador keynesiano del turismo internacional em Argentina. Estudios y Perspectivas En Turismo, 26, 248-266. Recuperado de https://bit.ly/2zhF6aP

Freyre, G. (2003). Casa-grande e senzala. São Paulo, SP: Global.

Furtado, C. (2006). Formação econômica do Brasil. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Giambiagi, F., & Amadeo, E. (1990). Taxa de poupança e politica econômica. Revista de Economia Política , 10(1), 75-90. Recuperado de http://www.rep.org.br/pdf/37-4.pdf

Gonnet, J. (2015). Durkheim, Luhmann y la delimitación del problema del orden social. Revista Mexicana de Ciencias Politicas y Sociales, 60(225), 285-310. doi:10.1016/S0185-1918(15)30027-1

Gursoy, D., Milito, M., & Nunkoo, R. (2017). Residents’ support for a mega-event: The case of the 2014 FIFA World Cup. Journal of Destination Marketing and Management, 6(4), 344-352. doi:10.1016/j.jdmm.2017.09.003

Hawkins, D. (1980). Tourism planning and development issues. Washington, DC: George Washington University.

Hegel, G. (1968). Princípios da filosofia do direito. São Paulo, SP: Guimarães.

Holanda, S. (2015). As raízes do Brasil. São Paulo, SP: Companhia das Lestras.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação. São Paulo, SP: Autor.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). PIB Banco Central 2000 a 2018. São Paulo, SP: Autor.

Jamal, T., & Robinson, M. (2009). The SAGE handbook of tourism studies. Londres, Inglaterra: SAGE.

Kant, I. (1989). A paz perpétua. São Paulo, SP: L&PM.

Kaufmann, D., & Vicente, P. (2005). Legal corruption. Recuperado de https://bit.ly/2WsUSrv

Kon, A. (1999). Planejamento no Brasil II. São Paulo, SP: Perspectiva.

Körössy, N. (2008). Do “turismo predatório” ao “turismo sustentável”. Caderno Virtual de Turismo, 8(2), 56-68.

Kotler, P., Gertner, D., Rein, I., & Haider, D. (2006). Marketing de lugar. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall.

Lafer, B. (1975). Planejamento no Brasil. São Paulo, SP: Perspectiva.

Locatelli, G., Mariani, G., Sainati, T., & Greco, M. (2016). Corruption in public projects and megaprojects. Buckinghamshire, Inglaterra: Elsevier.

Lohmann, G., & Panosso Netto, A. (2008). Teoria do turismo. São Paulo, SP: Aleph.

Luhmann, N. (2002). Introducción a la teoría de sistemas. Cidade do México: Universidad Iberoamericana.

Machado, M. (2015). Crime e/ou improbidade? Revista Brasileira de Ciências Criminais, 112, 189-211.

Marques, R. (2018). Trabalho escravo contemporâneo e Estado capaz no Brasil. São Paulo, SP: AnnaBlume.

Mello, J. (1997). O capitalismo tardio. São Paulo, SP: Brasiliense.

Ministério do Esporte. (2013). Matriz de responsabilidades consolidada. Brasília, DF: Autor. Recuperado de https://bit.ly/2W74KYW

Ministério do Turismo. (2018). Anuário estatístico de turismo – 2017. Brasília, DF: Autor.

Ministério Público Federal. (2018). A Lava Jato em números. Brasília, DF: Autor.

Morris, S. (1991). Corruption and politics in contemporary Mexico. Tuscaloosa, AL: University of Alabama Press.

Neves, C., & Neves, F. (2006). O que há de complexo no mundo complexo? Niklas Luhmann e a Teoria dos Sistemas Sociais. Sociologias, 15, 182-207. doi:10.1590/S1517-45222006000100007

Organização Mundial do Turismo. (2003). Guia de desenvolvimento do turismo sustentável. Brasília, DF: Autor.

Paiva, M. (1989). Possibilidades e riscos do crescimento do turismo no nordeste. Revista de Administração Pública, 23(1), 64-70.

Panosso Netto, A. (2010). O que é turismo. São Paulo, SP: Brasiliense.

Partidario, M., & Jesus, J. (2003). Fundamentos de avaliação de impacte ambiental. Lisboa: Bertrand.

Pearce, D. (1981). Tourist development. Londres, Inglaterra: Longman.

Pearce, D. (2012). Frameworks for tourism research. Wallingford, Inglaterra: CABI.

Prado Júnior, C. (2011). Formação do Brasil contemporâneo : colônia. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Quirino, C., & Sadek, M. (2003). O pensamento político clássico: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau. São Paulo, SP: Martins Fontes.

Ribeiro, D. (1995). O povo brasileiro. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Ruschmann, D. (1997). Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. São Paulo, SP: Papirus.

Sampaio, S. (2013). Estudar o turismo hoje: para uma revisão crítica dos estudos de turismo. Etnografica, 17(1), 167-182. doi:10.4000/etnografica.2615

Sancho, A. (2001). Introdução ao turismo. São Paulo, SP: Roca.

Senior, I. (2006). Corruption the world’s BigC: cases, causes, consequences, cures. Londres, Inglaterra: Institute of Economic Affairs.

Stabler, M., Papatheodorou, A., & Sinclair, M. (2010). The economics of tourism. Londres, Inglaterra: Routledge.

Tácito, C. (1999). Moralidade administrativa. Revista de Direito Administrativo, 218, 1-10.

Transparency International. (2017). Corruption Perceptions Index 2017. Recuperado de https://bit.ly/2SCvJcT

United Nations. (2003). UN Guide for Anti-Corruption Policies. Nova Ioque, NY: Autor.

United Nations. (2004). Handbook on practical anti-corruption measures for prosecutors and investigators. Viena, Áustria: Autor.

United Nations. (2015). National anti-corruption strategies: a practical guide for development and implementation. Nova Ioque, NY: Autor.

Wada, E., Amikura, L., & Vilkas, A..(2018). A falácia da hospitalidade : quem cuida do anfitrião em megaeventos esportivos? Pasos Revista de Turismo y Patrimônio Cultural, 16(1), 135-146.

Weffort, F. (2006). Os clássicos da política: Burke, Kant, Hegel, Tocqueville, Stuart Mill, Marx. São Paulo, SP: Ática.

Weffort, F. (2008). Os clássicos da política. São Paulo, SP: Ática.

World Tourism Organization. (2016). Unwto tourism highlights. Madri: Autor. Recuperado de https://doi.org/10.18111/9789284418145

World Tourism Organization. (2017). Annual Report 2016. Madri: Autor. Recuperado de https://doi.org/10.18111/9789284418725

Publicado

2020-04-24

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

MARQUES, Roseane Barcellos; ALVES, Carlos Alberto; WADA, Elizabeth Kyoko. Turismo e Corrupção no Brasil: uma perspectiva política e econômica. Revista Turismo em Análise, São Paulo, Brasil, v. 31, n. 1, p. 1–18, 2020. DOI: 10.11606/issn.1984-4867.v31i1p1-18. Disponível em: https://revistas.usp.br/rta/article/view/150771.. Acesso em: 20 abr. 2024.