Estação Primeira de Mangueira: tradição, identidade e simultaneidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i1p55-70

Palavras-chave:

Carnaval, Mangueira, Tradição, Identidade, Simultaneidade.

Resumo

Este artigo elabora uma leitura do carnaval campeão de 2016 da Estação Primeira de Mangueira sobre Maria Bethânia, com dois enfoques principais: como a performance do desfile articula a restauração enquanto elemento imprescindível na construção da noção de tradição e consolidação da identidade dessa escola de samba; e o espetáculo do desfile como um conjunto de eventos simultâneos. Para tanto, recorre- se a Agamben, Bakhtin, Benjamin, Lehmann, Moreno, Schechner e Winnicott; também se reflete sobre questões da memória e cultura e os aspectos que potencializam o brincar carnavalesco.

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Biografia do Autor

  • Carlos Eduardo Silva, Universidade Federal de Santa Catarina
    Ator, bonequeiro, iluminador e diretor teatral. Doutorando em Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGLIT/UFSC)

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Publicado

2016-07-01

Edição

Seção

DOSSIÊ PERFORMATIVIDADES ORIGINÁRIAS

Como Citar

Silva, C. E. (2016). Estação Primeira de Mangueira: tradição, identidade e simultaneidade. Sala Preta, 16(1), 55-70. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i1p55-70