Associando Índice de Incesto e de Paternidade para discriminação de agressão sexual entre indivíduos aparentados

Autores

  • Eduardo L. Rodrigues Centro de análise e tipagem de genomas
  • Rodrigo G. Garrido Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e UNISUAM
  • Rosângela M. Carvalho Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
  • Cíntia V. F. Santos Centro de análise e tipagem de genomas
  • Carlos A. Santos Centro de análise e tipagem de genomas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v18i2p141-145

Palavras-chave:

Violência Sexual, Paternidade, Incesto.

Resumo

 A violência sexual no Brasil, além de um crime hediondo, é uma questão de saúde pública. Entre as crianças, parentes destacam-se como agressores. Quando um crime de natureza sexual resulta em gravidez, o exame de paternidade consiste no meio de prova mais fidedigno. Este exame consiste em verificar o compartilhamento de alelos entre o pretenso filho e o suposto pai, de modo a atribuir termos probabilísticos à transmissão dos alelos por parte do suspeito em relação a um homem qualquer na população, não relacionado, o que se denomina índice de paternidade. Porém, em casos cujo suposto pai possui vínculo biológico com a vítima, devem-se considerar alguns parâmetros matemáticos de modo a evitar a superestimativa dos valores atribuídos aos índices de paternidade. Torna-se preciso distinguir Alelos Idênticos por Descendência daqueles Idênticos por Estado. A partir de análise comparativa de 3 casos incestuosos foram efetuados cálculos de Índice de Paternidade da maneira usual, considerando o suspeito como não relacionado à vítima e considerando o suspeito como relacionado à vítima, atribuindo a este cálculo a denominação Índice de Incesto. O Índice de Paternidade Combinado foi superior ao Índice Combinado de Incesto em até 103 vezes, mostrando que as análises usuais podem superestimar os resultados nos exames de vínculo genético. Assim, propõe-se o uso desta metodologia matemática nos cenários incestuosos a fim de evitar a emissão de laudos equivocados ou estatisticamente sobrevalorizados.

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Biografia do Autor

  • Eduardo L. Rodrigues, Centro de análise e tipagem de genomas
    Analista do Centro de Análise e Tipagem de Genomas
  • Rodrigo G. Garrido, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e UNISUAM

    - Perito Criminal, Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense/DGPTC/PCERJ
    - Professor do Mestrado em Desenvolvimento Local - UNISUAM

  • Rosângela M. Carvalho, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
    Perita Criminal, Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense/DGPTC/PCERJ
  • Cíntia V. F. Santos, Centro de análise e tipagem de genomas
    Analista do Centro de Análise e Tipagem de Genomas
  • Carlos A. Santos, Centro de análise e tipagem de genomas
    Analista do Centro de Análise e Tipagem de Genomas

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Publicado

2013-12-14

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Associando Índice de Incesto e de Paternidade para discriminação de agressão sexual entre indivíduos aparentados. (2013). Saúde Ética & Justiça , 18(2), 141-145. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v18i2p141-145