Uma arqueologia especulativa: os roteiros não filmados de Mário Peixoto

Autores

  • Pablo Gonçalo Pires de Campos Martins Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.162854

Palavras-chave:

Mário Peixoto, Cinema brasileiro, Estudos de roteiro, Arqueologia das mídias, Realismo especulativo

Resumo

Este ensaio analisa os roteiros de A alma, segundo Salustre e Outono: o jardim petrificado, ambos de Mário Peixoto, obras que não foram filmadas, ou finalizadas. A partir do enredo e da linguagem cinematográfica sinalizada nos roteiros salientamos alguns aspectos mais obscuros da estética de Peixoto que não poderiam ser percebidos apenas em Limite. Ao final do ensaio propõe-se uma arqueologia especulativa para compreender o papel dos roteiros não filmados na teoria e história do cinema e, mais especificamente, como uma possível revisão da historiografia do cinema brasileiro.

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Biografia do Autor

  • Pablo Gonçalo Pires de Campos Martins, Universidade de Brasília

    Professor adjunto do curso da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Possui pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (USP) e pela University of Chicago, quando foi bolsista da Fulbright. É doutor pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou seu “sanduíche” em parceria com o Institut für Theaterwissenschaften da Freie Universität Berlin, com bolsa do Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD). Sua pesquisa de doutorado aborda as relações intermidiáticas entre literatura, teatro e cinema, a partir das obras produzidas pelos roteiristas de cinema, com um estudo de caso mais específico na colaboração entre Peter Handke e Wim Wenders.

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Publicado

2020-07-09

Como Citar

Uma arqueologia especulativa: os roteiros não filmados de Mário Peixoto. (2020). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 47(54), 334-351. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2020.162854