Mr. Sandman, bring me a time machine: temporalidade, contingência e gênero em Back to the Future e Donnie Darko

Autores

  • Erick Felinto Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2016.106955

Palavras-chave:

Back to the Future, Donnie Darko, temporalidade, contingência, ambiência, ficção científica

Resumo

o objetivo deste trabalho é abordar a questão da temporalidade (como fenômeno cinematográfico e cultural) a partir de dois filmes que, em suas enormes diferenças, encontram-se no terreno comum da temática da viagem no tempo e do drama/comédia adolescente: Back to the Future (Robert Zemeckis, 1985) e Donnie Darko (Richard Kelly, 2001). Partindo das teses de Hans Ulrich Gumbrecht sobre a problemática do aumento da contingência na experiência pós-moderna, empreende-se uma análise das ambiências temporais geradas nos dois filmes, bem como suas diferentes concepções de tempo e contingência.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Erick Felinto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
    Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1990), Mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), Especialização (ABD) pela Universidade da California, Los Angeles em Línguas e Literaturas Românicas (1997) e doutorado em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998), além de ter realizado estágio de Pós-Doutoramento Sênior na Universität der Künste Berlin sobre Teorias da Mídia alemães (2010-2011). É autor dos livros "A Religião das Máquinas: Ensaios sobre o Imaginário da Cibercultura" (Sulina, 2005), "Passeando no Labirinto: Textos sobre as Tecnologias e Materialidades da Comunicação" (EDIPUCRS, 2006), "Silêncio de Deus, Silêncio dos Homens: Babel e a Sobrevivência do Sagrado na Literatura Moderna" (Sulina, 2008), "A Imagem Espectral: Comunicação, Cinema e Fantasmagoria Tecnológica" (Ateliê Editorial, 2008), "Avatar: o Futuro do Cinema e a Ecologia das Imagens Digitais" (com Ivana Bentes: Sulina, 2010) e "O Explorador de Abismos: Vilém Flusser e o Pós-Humanismo" (com Lúcia Santaella: Paulus, 2012). Atualmente é pesquisador do CNPq e Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde leciona no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. Também é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da UFF. Foi Presidente da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS) no biênio 2007-2009, é membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCIBER), na qual exerceu ainda o cargo de Diretor Científico (de 2009 a 2014) e foi membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema (SOCINE) entre 2005 e 2009 e, novamente, de 2014 a 2016. Atuou como coordenador do NP "Tecnologias da Informação e Comunicação" da Sociedade Brasileira de Ciências da Comunicação (INTERCOM) no biênio 2006-2008 e do GT "Comunicação e Cibercultura" da Compós no biênio 2011-2013. Trabalhou como parceiro da Universität der Künste Berlin, sob a supervisão de Siegfried Zielinski, na produção do DVD "We Shall Survive in the Memory of Others", contendo as últimas entrevistas dadas pelo filósofo Vilém Flusser, bem como na elaboração do Dicionário Vilém Flusser (Flusseriana), publicado na Alemanha em 2015. Além disso, pertence ao Conselho Editorial da coleção "Cibercultura", da Editora Sulina, e é Conselheiro da EDUERJ (Editora da UERJ). Em 2014 foi convidado e passou a integrar, também, o Conselho Editorial da coleção "Recursions", da Amsterdam University Press (AUP). Foi presidente e organizador principal do Simpósio Internacional "A Vida Secreta dos Objetos: Medialidades, Materialidades, Temporalidades", realizado no Rio de Janeiro e mais três capitais brasileiras em agosto de 2012.

Referências

BECK, J. C. “The concept of narrative: an analysis of Requiem for a Dream(.com) and Donnie Darko(.com)”. Convergence: the international journal of research into new media technologies, Bedfordshire, vol. 10, n. 3, 2004.

BOOTH, P. “Intermediality in film and internet: Donnie Darko and issues of narrative substantiality”. Journal of Narrative Theory, Michigan, vol. 38, n. 3, outono 2008.

CUA LIM, B. Translating time: cinema, the fantastic, and temporal critique. Durham: Duke University Press, 2009.

DOANE, M. A. The emergence of cinematic time: modernity, contingency, the archive. Cambridge: Harvard University Press, 2002.

ERNST, W. Chronopoetik: Zeitwesen und Zeitgaben technischer Medien. Berlin: Kadmos, 2012.

FELINTO, E. “Donnie Darko: imagem, tecnologias digitais e multimediação em um filme entre o underground e o massivo”. Contracampo, Niterói, n. 23, abr-jul. 2015.

FLUSSER, V. Gesten: Versuch einer Phänomenologie. Düsseldorf: Bollmann, 1993.

________. Medienkultur. Frankfurt am Main: Fischer, 1999.

________. Kommunikologie. Frankfurt am Main: Fischer, 2007.

GUMBRECHT, H. U. Stimmungen lesen: über eine verdeckte Wirklichkeit der Literatur. München: Carl Hanser, 2011.

________. After 1945: latency as origin of the present. Stanford: Stanford University Press, 2013.

________. “Allgegenwärtig und gehoben – ob unsere Gegenwart das Schöne absorviert”, comunicação na Bayerische Akademie der Schönen Künste (documento eletrônico inédito cedido pelo autor), 2014.

GENGARO, C. L. “Music in flux: musical transformation and time travel in Back to the Future”. In. NI FHLAINN, S. (org.). The worlds of Back to the Future: critical essays on the films. McFarland Publishers, 2010.

HARMAN, G. Quentin Meillassoux: philosphy in the making. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011.

KING, G. Donnie Darko. London: Wallflower Press, 2007.

KRAJEWSKI, M. Restlosigkeit: Weltprojekte um 1900. Frankfurt am Main: Fischer, 2006.

LAND, N. Fanged noumena (collected writings, 1987-2007). Falmouth: Urbanomic, 2011.

LANGFORD, B. Film genre: Hollywood and beyond. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2005.

LEE, C. Screening generation X: the politics and popular memory of youth in contemporary cinema. Surrey: Ashgate, 2010.

MCCARTHY, E. “Back to the Fifties! Fixing the Future”. In. Ni Fhlainn, S. (org.). The worlds of Back to the Future: critical essays on the films. McFarland Publishers, 2010.

NEGARESTANI, R. Cyclonopedia – complicity with anonymous materials. Melbourne: Re.Press, 2008.

NI FHLAINN, S. (org.). The worlds of Back to the Future: critical essays on the films. McFarland Publishers, 2010.

PEIXOTO, N. B. “O futuro do passado: a pós-modernidade na ficção científica”. In. OLALQUIAGA, M.C (org.). Pós-Modernidade. Campinas: Unicamp, 1988.

SHAIL, A. & STOATE, R. Back to the Future. London: BFI Film Classic, 2010.

THACKER, E. In the dust of this planet – horror of philosophy vol. 1. Winchester: Zero Books, 2011.

WALTERS, J. “When people run in circles: structures of time and memory in DonnieDarko”. In. Lee, C. (ed.). Violating time: history, memory, and nostalgia in cinema. New York: Continuum, 2012.

YILMAZ, A. “The popularity of time travel in contemporary media: being Erica and time travel as individualised consumer choice”. Science Fiction Film and Television, Liverpool, vol. 6, n. 3, outono, 2013.

Referências audiovisuais

BACK to the Future (De volta para o futuro). Robert Zemeckis, Estados Unidos, 1985.

DONNIE Darko. Richard Kelly, Estados Unidos, 2001.

Downloads

Publicado

2016-08-22

Como Citar

Mr. Sandman, bring me a time machine: temporalidade, contingência e gênero em Back to the Future e Donnie Darko. (2016). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 43(45), 149-166. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2016.106955