Formações nacionais de classe e raça

Autores

  • Antonio Sérgio Alfredo Guimarães Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2016.109752

Palavras-chave:

Classes sociais, radicalização, formação racial, formação nacional

Resumo

Neste texto, proponho a releitura de dois conceitos-chave nos estudos históricos sobre racismo e movimentos sociais negros nas Américas - racialização e formação racial -, examinando-os à luz das teorias das classes sociais e da formação de grupos sociais em geral. Meu ponto de partida é de que esses conceitos não podem ser operacionalizados na análise de processos históricos senão em concomitância com análises concretas de formações nacionais e de classes. Tomo o Brasil moderno e contemporâneo para sustentar empiricamente os processos históricos que podem fundamentar empiricamente a minha proposta conceitual.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, Universidade de São Paulo

    Possui graduação (1972) e mestrado (1982) em ciências sociais pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em sociologia pela University of Wisconsin – Madison (1988). Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo.

Referências

Albuquerque, W. R. de. (2009), O jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras.

Azevedo, Thales de. (1956), “Classes sociais e grupos de prestígio”. Arquivos da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia, Salvador, n. 5. In: ______. (1966), Cultura e situação racial no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.

Arendt, Hannah. (1994), Eichmann in Jerusalem: a report on the banality of evil. Nova York, Penguin Books.

Banton, Michael (1977), The idea of race. Londres, Tavistock.

______. (2012), “The colour line and the colour scale in the twentieth century”. Ethnic and Racial Studies, 35 (7): 1109-1131.

Bilge, Sirma. (2013), “Intersectionality undone: saving intersectionality from feminist intersectionality studies”. Du Bois Review, 10 (2): 405-424.

Bourdieu, Pierre. (1987), “What makes a social class? On the theoretical and practical existence of groups”. Berkeley Journal of Sociology, (32): 1-17.

______. (2007), A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo, Edusp.

Carastathis, A. (2014), “The concept of intersectionality in feminist theory”. Philosophy Compass, 9 (5): 304-314.

Du Bois, W. E. B. (1903), The souls of black folk. Nova York, Dover.

Durkheim, Émile. (1894), Les règles de la méthode sociologique. Un document produit en version numérique par Jean-Marie Tremblay, dans le cadre de la collection “Les Classiques.

des Sciences Sociales”. Disponível em http://www.uqac.uquebec.ca/zone30/Classiques_des_sciences_sociales/index.htl, consultado em 4/2/2016.

Duster, Troy. (2003), Backdoor to eugenics. Londres, Routledge.

______. (2006), “Comparative perspectives and competing explanations: taking on the newly configured reductionist challenge to sociology”. American Sociological Review, 71 (1): 1-15.

Elias, Norbert. (1998), “Group charisma and group disgrace”. In: Goudsblom, Johan & Mennell, Stephen. (1998), The Norbert Elias reader. Oxford, Blackwell.

______. (1981), Qu’est-ce que la sociologie?. Paris, Pandora.

Elias, Nobert & Scotson, John. (1965), The established and the outsiders. Londres, Frank Cass & Co. Ltd.

Guimarães, A. S. A. (2012a), “Sociology and racial inequality: chalenges and approaches in Brazil”. In: Dixon, Kwame & Burdick, John (orgs.). Comparative perspectives on AfroLatin America. Gainsville, University Press of Florida, vol. 1, pp. 305-324.

______. (2012b), “The Brazilian system of racial classification”. Ethnic and Racial Studies, 35 (7): 1157-1162.

Grusky, D. & Galescu, G. (2007), “Foundations of neo-durkheimian class analysis”. In: Wright, E. Approaches to class analysis. Cambridge, Cambridge University Press, pp.51-81.

Hancock, A.-M. (2007), “When multiplication doesn’t equal quick addition: examining intersectionality as a research paradigm”. Perspectives on Politics, 5 (1): 63-79.

Harris, Marvin & Kotak, Conrad. (1963), “The structural significance of Brazilian categories”. Sociologia, 3 (xxv): 203-208.

Lykke, N. (2011), “Intersectional analysis: black box or useful critical feminist thinking technology”. In: Lutz, H.; Vivar, M. T. H. & Supik, L. Framing intersectionality: debates on a multi-faceted concept in gender studies. Farnham, Ashgate, pp. 207-220.

Kent, M. et al. (2015), “Building the genomic nation ‘Homo Brasilis’ and the ‘Genoma Mexicano’ in comparative cultural perspective”. Social Studies of Sciences, 45 (6): 839-861.

Kergoat, D. (2010), “Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais”. Novos Estudos Cebrap, (86): 93-103.

Martius, Karl Friedrich von & Rodrigues, José Honório. (1956), “Como se deve escrever a História do Brasil”. Revista de Historia de América, 42: 433-458.

Nash, J. (2008), “Re-thinking intersectionality”. Feminist Review, 89: 1-15.

Omi, M. & Winant, H. (1994), “Racial formation”. In: ______. Racial formation in the United States: from the 1960s to the 1990s. Nova York, Routledge.

Ortiz, Fernando. (1940), Contrapunteo cubano del tabaco y del azúcar. Habana, J. Montero.

Przeworski, Adam. (1977), “Proletariat into a class: the process of class formation from Karl Kautsky’s The class struggle to recent controversies”. Politics & Society, 4 (7): 343-401.

Ramos, A. G. (1957), Introdução crítica àsociologia brasileira. Rio de Janeiro, Editorial Andes.

Rodrigues, Nelson. ([1958] 1993), “O complexo de vira-latas”. In: Castro, Ruy (org.). À sombra das chuteiras imortais: crônicas de futebol. São Paulo, Companhia das Letras, pp.51-52 [publicado originalmente em Manchete Esportiva, 31 maio 1958].

Silvério, Válter. (2013), “Multiculturalismo e metamorfose na racialização: notas preliminares sobre a experiência contemporânea brasileira”. In: Bonelli, Maria da Gloria & Landa, Martha Diaz Villegas de (orgs.). Sociologia e mudança social no Brasil e na Argentina. São Carlos, Compacta, pp. 33-60.

Telles, Edward & Ethnicity and Race in Latin America (perla). (2014), Pigmentocracies: ethnicity, race and color in Latin America. Chapel Hill, University of North Carolina Press.

Tourraine, Alain. (1961), “Ouvriers et syndicats d’Amérique Latine”. Sociologie du Travail, número especial, 3 (4).

Wade, Peter et al. (2015), “Genomic research, publics and experts in Latin America: nation, race and body”. Social Studies of Science, 45 (6): 775-796. Disponível em http://sss.sagepub.com/content/45/6, consultado em 15/1/2016.

Wagley, Charles. (1952), “Comment les classes ont remplacé les castes dans le Brésil septentrional”. In: Wagley, Charles (ed.). Races et classes dans le Brésil rural. Paris, Unesco.

Weber, Max. (2006), A ‘objetividade’ do conhecimento nas ciências sociais. São Paulo, Ática.

Weinstein, B. (2015), The color of modernity: São Paulo and the making of race and nation in Brazil. Durham/Londres, Duke University Press.

Wimmer, A. (2008), “The making and unmaking of ethnic boundaries”. American Journal of Sociology, 113 (4): 970-1022.

______. (2013), Ethnic boundary making: institutions, power, networks. Nova York, Oxford University Press.

Downloads

Publicado

2016-09-06

Edição

Seção

Dossiê - Classes Sociais e Desigualdades: sociabilidade, cultura, política

Como Citar