A impossível simbolização "daquilo que foi"

Autores

  • Jacques Leenhardt École des hautes études en sciences sociales

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702000000200007

Palavras-chave:

Arte, guerra, morte, memória, França

Resumo

O autor aborda a cena artística francesa após a II Guerra Mundial a partir de uma idéia básica: por várias ordens de razões, foi impossível à cultura francesa realizar o "trabalho de luto" das vítimas do nazismo. Orientado por essa hipótese, o autor examina obras que tematizam a vida, a morte, a violência, a memória e o esquecimento. Impossibilitada de condensar a memória do horror no ritual e no monumento, a arte, após Auschwitz, pode apenas formular questões, tais como a da reversibilidade dos papéis do artista e do espectador e a da necessidade histórica de uma memória viva depois da violência escandalosa, assimbólica, inominável.

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Referências

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Publicado

2000-11-01

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Leenhardt, J. (2000). A impossível simbolização "daquilo que foi" . Tempo Social, 12(2), 75-84. https://doi.org/10.1590/S0103-20702000000200007