A (in)elegibilidade feminina na Academia Brasileira de Letras: Carolina Michaëlis e Amélia Beviláqua

Autores

  • Michele Asmar Fanini Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702010000100008

Palavras-chave:

Carolina Michaëlis, Amélia Beviláqua, Academia Brasileira de Letras, Elegibilidade feminina

Resumo

A Academia Brasileira de Letras erigiu-se como um ambiente refratário à presença feminina. Embora mantida fora de cogitação durante seus primeiros oitenta anos de existência, a questão da "elegibilidade feminina" não deixou de integrar a pauta de algumas das sessões acadêmicas. Destarte, o presente artigo objetiva iluminar este tema, tendo em vista os bastidores de dois importantes episódios ocorridos, respectivamente, em 1911 e 1930, quais sejam: a cogitação do nome da filóloga Carolina Michaëlis para integrar o quadro de sócios correspondentes da "Casa de Machado de Assis" e a proposta oficial de candidatura encaminhada por Amélia Beviláqua, primeira mulher a tentar concorrer a uma vaga entre os membros efetivos da agremiação.

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Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Fanini, M. A. (2010). A (in)elegibilidade feminina na Academia Brasileira de Letras: Carolina Michaëlis e Amélia Beviláqua . Tempo Social, 22(1), 149-177. https://doi.org/10.1590/S0103-20702010000100008