Mobilidades periféricas: uma mirada em direção a regimes de transporte adormecidos, deslegitimados e esquecidos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.142229

Palavras-chave:

Periférico, Longa duração, Determinismo tecnológico, Transporte, Infraestrutura

Resumo

No debate sobre transportes, os criadores de políticas parecem enfeitiçados por um determinismo tecnológico em que inovação e novidade são os conceitos centrais. Obcecados eles por regimes e sistemas ocidentalizados, o debate atual perde a relevância de mobilidades esquecidas, periféricas e silenciosas. Nesse sentido, olhar para essas mobilidades periféricas não é apenas importante para reconstruir nossa memória, mas também pode nos oferecer ferramentas para construir regimes de transporte sustentáveis, do ponto de vista social e ambiental. Sugiro utilizar o Angelus Novus, de Walter Benjamin, para abordar o passado e o futuro de sistemas infraestruturais e o papel dos regimes “velhos”. Este artigo se apoia no trabalho de David Edgerton, mas eu levo o argumento além, defendendo que um debate de hoje voltado para a inovação cria os fracassos (sociais e ambientais) de amanhã. Carros elétricos e “sem motoristas” podem ser ferramentas úteis, mas devemos levar em conta que as mobilidades periféricas podem abordar a questão de transportes social e ambientalmente sustentáveis de forma mais eficiente. Uma visão de longo prazo pode ligar o passado e o futuro das políticas de transportes e oferecer  sugestões para as Ciências Sociais, a humanidade e a governança.

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Biografia do Autor

  • Massimo Moraglio, Technishe Universität Berlin
    Pesquisador senior na Technische Universität Berlin

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Publicado

2018-07-28

Edição

Seção

Dossiê - Mobilidades

Como Citar

Mobilidades periféricas: uma mirada em direção a regimes de transporte adormecidos, deslegitimados e esquecidos. (2018). Tempo Social, 30(2), 73-85. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2018.142229