Tempo e trabalho intelectual

Autores

  • José Carlos Bruni Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.1590/ts.v3i1/2.84903

Palavras-chave:

Tempo, Tempo linear, Tempo cíclico, Temporalidade da produtividade, Temporalidade do saber, Modernização, Universidade de São Paulo

Resumo

Por que a sensação generalizada de falta de tempo? Tomando-se esta questão como ponto de partida, trata-se de explorar alguns tipos de temporalidade da sociedade moderna para em seguida, enfocar diretamente o tempo próprio da atividade intelectual - a temporalidade do saber-, por hipótese irredutível à racionalidade dos ritmos da produtividade a todo custo. Discute-se inicialmente a temporalidade fundamental da sociedade capitalista, com seu tempo linear, homogêneo, infinitamente decomponível, marcado pelo imperativo da protividade. Menciona-se a importância ciclico, que o capitalismo não chega a abolir, para se colocar a especificidade do tempo do trabalho intelectual, marcado pela criação e pelo acaso. A pesquisa pretende detectar como, no trabalho dos docentes da Universidade de São Paulo, coloca-se a questão da temporalidade do saber, face ao processo de modernização da universidade, que pretende instituir, de forma sólida, a temporalidade da produtividade.

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Biografia do Autor

  • José Carlos Bruni, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Professor do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

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Publicado

1991-07-06

Edição

Seção

Projeto de Pesquisa

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