Biografias e movimentos de luta por terra em Pernambuco

Autores

  • Marcelo C. Rosa Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Departamento de Sociologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702009000100009

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Significação social, MST, Sem-terra, Pernambuco

Resumo

Este artigo analisa a contribuição das chamadas "lutas por terra" para a produção de novas formas de significação social na região da Zona da Mata de Pernambuco. Por meio da análise de entrevistas com militantes dos diversos movimentos que organizam ocupações de terra na região, foi possível compreender que, além da posse de um pedaço de terra, tais organizações criam condições inéditas para a transformação dos seus líderes em figuras de destaque nas instâncias políticas dos pequenos municípios da região, contribuindo assim para a modificação das estruturas tradicionais de poder.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BOLTANSKI, L. (2000),El amor y la justicia como competencias. Buenos Aires, Amorrutu.

ELIAS, N. (1997), Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

ELIAS, N.(2000), Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

FERNANDES, Bernardo Mançano. (1999), MST. Formação e territorialização em São Paulo. São Paulo, Hucitec.

FERNANDES, Bernardo Mançano. (2000), A formação do MST no Brasil. Petrópolis, Vozes.

GARCIA JR., A. R. et al. (2001), “Les transformations du pouvoir municipal”. Cahiers du Brésil Contemporain, 43/44: 124-144.

LAHIRE, B. (2006), A cultura dos indivíduos. Porto Alegre, Artes Médicas.

MARTINS, J. de S. (2000), Reforma agrária: o impossível diálogo. São Paulo, Edusp.

MEYER, D. S., WHITTIER, N. & ROBNETT, B. (orgs.). (2002), Social movements: identity, culture and the state. Oxford, Oxford University Press.

MOORE JR., B. (1978), Injustiça: as bases sociais da obediência e da revolta. São Paulo, Brasiliense.

NAVARRO, Z. (2002), “Mobilização sem emancipação: as lutas sociais dos sem-terra no Brasil”. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, pp. 189-232.

PALMEIRA, M. G. S., LEITE, Sergio, HEREDIA, Beatriz, MEDEIROS, Leonilde & CINTRÃO, Rosângela. (2004), Impacto dos assentamentos: um estudo sobre o meio rural brasileiro. 1ª edição. Brasília/São Paulo, NEAD/Ed. Unesp, 392 p.

ROSA, M. (2004a), O engenho dos movimentos: reforma agrária e significação social na zona canavieira de Pernambuco. Tese de doutorado. Iuperj, Rio de Janeiro.

ROSA, M. (2004b), “As novas faces do sindicalismo rural brasileiro: a reforma agrária e as tradições sindicais na Zona da Mata de Pernambuco”. Dados, 47 (3): 473-404.

SAYAD, A. (1998), A migração: ou os paradoxos da alteridade. São Paulo, Edusp.

SIGAUD, L. (1996), “Direito e coerção moral no mundo dos engenhos”. Estudos Históricos, 18: 361-387.

SIGAUD, L. (1999), “Honneur et tradition dans les plantations sucrières du nordeste (Brésil)”. Études Rurales, jan.-jul., pp. 211-228.

SIGAUD, L. (2000). “A forma acampamento: notas a partir da versão pernambucana”. Novos Estudos Cebrap, 58: 73-92.

SIGAUD, L., ROSA, M. & MACEDO, M. (2008), “Ocupações de terra, acampamentos e demandas ao Estado: uma análise em perspectiva comparada”. Dados, 51: 107-142.

THOMPSON, E. P. (1998), Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo, Companhia das Letras.

TILLY, C. (1995), “Los movimientos sociales como agrupaciones históricamente específicas de actuaciones políticas”. Sociológica, ano 10 (28).

WOLFORD, Wendy. (2006), “The Difference Ethnography Can Make: Understanding Social Mobilization and Development in the Brazilian Northeast”. Qualitative Sociology, 29 (3): 335-352, set.

Downloads

Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Rosa, M. C. (2009). Biografias e movimentos de luta por terra em Pernambuco . Tempo Social, 21(1), 157-180. https://doi.org/10.1590/S0103-20702009000100009