O poema narrativo de Bernardo Guimarães: a ambivalência do riso em “A Origem do Mênstruo”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.v0i32.125739

Palavras-chave:

Análise estrutural, carnavalização, poesia brasileira, Romantismo

Resumo

Este trabalho investiga os processos de elaboração estrutural do poemas narrativo “A Origem do Mênstruo”, de Bernardo Guimarães. Além de Escrava Isaura (1875), o escritor mineiro teve relevante atuação como poeta, ignorada pela crítica. Nesse sentido, inicia-se pela exposição de sua situação controvérsia nos manuais de história da literatura, em que sua notabilidade está creditada, quase que exclusivamente, à atuação como romancista, passando pela exposição de aspectos gerais sobre sua produção em poesia, a situação em relação à poesia romântica de seus coetâneos, assim como a sua atuação como introdutor da poesia pantagruélica, produzida e figurada clandestinamente entre os estudantes da faculdade de direito do Largo São Francisco em São Paulo, entre as décadas de 1840 e 1850. Segue-se expondo os pressupostos teóricos para a análise, partindo da imersão dos poemas na longa tradição do poema narrativo, até a exposição de questões relativas ao tipo grotesco, especificamente as concepções de Victor Hugo (1802-1885) e Mikhail Bakhtin (1895-1975), para, por fim, efetuar análise do poema em questão. 

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Biografia do Autor

  • Samuel Carlos Melo, Universidade Estadual de Goiás/ Universidade de São Paulo
    Doutorando em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo - USP, possuí Mestrado em Letras, área de Estudos Literários, e Licenciatura em Letras, habilitação Português/Literatura, ambos pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS. É professor efetivo de Literaturas de Língua Portuguesa e Teoria Literária da Universidade Estadual de Goiás - UEG, Câmpus Iporá-GO. Atua, principalmente, nos seguintes temas: poesia brasileira, poema narrativo, poema herói-cômico, historiografia literária e teoria literária.
  • José Batista de Sales, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
    Doutor em Letras pela Faculdade de Ciências e Letras de Assis (1997), é Professor Associado IV da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). No âmbito da crítica e da historiografia literárias, desenvolve pesquisas voltadas para três fenômenos da literatura brasileira: a) o poema narrativo brasileiro; b) a poesia brasileira contemporânea, com especial interesse sobre a produção e a leitura (análise e interpretação) de poemas nos vários níveis de ensino e c) literatura para jovens.

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Publicado

2017-12-21

Edição

Seção

Dossiê 32: A Poesia no Limite

Como Citar

MELO, Samuel Carlos; SALES, José Batista de. O poema narrativo de Bernardo Guimarães: a ambivalência do riso em “A Origem do Mênstruo”. Via Atlântica, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 204–222, 2017. DOI: 10.11606/va.v0i32.125739. Disponível em: https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/125739.. Acesso em: 26 abr. 2024.