https://revistas.usp.br/viaatlantica/gateway/plugin/WebFeedGatewayPlugin/atomVia Atlântica2023-04-27T16:22:19-03:00Mário César Lugarinhoviaatlantica@usp.brOpen Journal Systems<p class="western">A Revista <em><em><strong>Via Atlântica</strong>,</em></em> publicação semestral do <strong>Programa de Pós-Graduação de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa </strong>da<strong> Universidade de São Paulo</strong>, tem por objetivo levar aos estudiosos, do Brasil e do Exterior, resultados de investigações desenvolvidas por especialistas nas áreas de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, Literatura Comparada, Literatura Infantil e Juvenil, Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Literatura Portuguesa e de outras literaturas e culturas que se expressam em português. Faz parte ainda do escopo da <em>Via Atlântica</em> a publicação de artigos que tratem das relações interdisciplinares da Literatura com outras Linguagens e com outras Formas do Saber. A publicação abrange, além de um Dossiê temático, outros trabalhos inéditos sob a forma de Ensaios, Artigos, Entrevistas e Resenhas de livros de interesse para os Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa e áreas correlatas. A revista <em>Via Atlântica </em>está inserida na área temática de Outras Literaturas Vernáculas, conforme tabela de áreas do conhecimento do CNPq (8.02.07.00-6).</p>https://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/210093Literatura juvenil, adolescências e leituras escolares2023-12-05T09:55:03-03:00José Nicolau Gregorin Filho
<p>Pretende-se discutir as concepções de "adolescência" e "juventude", além das mudanças comportamentais ocorridas com o advento das tecnologias de informação e como elas transformaram e ainda podem transformar a formação de leitores literários, uma vez que a crescente expansão dessas tecnologias tem levado a um comportamento mais imediatista por parte dos leitores.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 José Nicolau Gregorin Filhohttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/209625100 Anos da Literatura de Sodoma2023-12-05T08:53:22-03:00Mário César LugarinhoFabio Mario da Silva
<p>Editorial</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Mário César Lugarinho, Fabio Mario da Silvahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/207160Os perversos e as poetisas: Literatura de Sodoma e arredores2023-12-05T09:04:03-03:00Anna M. Klobucka
<p>Este artigo procura reexaminar a participação de Judith Teixeira no episódio histórico da “Literatura de Sodoma”, com recurso a uma contextualização alargada da sua estreia poética e do lançamento de <em>Decadência</em>. Argumento que uma compreensão mais completa e matizada dos eventos de 1922-23 no que diz respeito a Teixeira deverá levar em conta a sua inserção em dois conjuntos distintos mas, através dela, relacionados de agentes socioculturais: os “perversos” (masculinos) do campo modernista português e as “poetisas”, cuja emergência robusta no mercado literário dos inícios da década de 1920 formava o contexto incontornável da estreia da autora de <em>Decadência</em>.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Anna M Klobuckahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208588Eunice Caldas: poetisa do amor e do mar2023-12-05T09:20:04-03:00Eduardo da CruzJulie Oliveira da Silva
<p>Na polêmica conhecida como Literatura de Sodoma, ficou claro o embate entre o conservadorismo e o discurso homoerótico desafiador nos anos 1920. No Brasil, na mesma época, uma poetisa ousou cantar seus amores por mulheres. Os poemas de Eunice Caldas (1879-1967) reunidos em <em>Anfitrite</em> (1924) são marcados por um lirismo sensual que se opõe aos padrões monogâmicos heteronormativos. Quase 100 anos após seu lançamento, este artigo se propõe a libertar mais uma vez sua voz, trazendo seus versos a novos olhos. Para isso, além de alguns dados biográficos da poetisa, incluindo sua relação com as portuguesas Maria da Cunha (1872-1917) e Ana de Villalobos Galheto (1863-1944), são estabelecidos diálogos com outras escritoras herdeiras de Safo: Judith Teixeira (1888-1959) e Renée Vivien.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Eduardo da Cruz, Julie Oliveira da Silvahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208708O caso Gisberta no romance Pão de Açúcar, de Afonso Reis Cabral: representações em torno de uma mulher trans2023-12-05T09:33:51-03:00Rafaella Cristina Alves TeotônioJoão Pedro da Cunha de Almeida
<p>O artigo oferece uma perspectiva sobre as representações de gênero ligadas à masculinidade, poder e marginalidade dentro do romance <em>Pão de Açúcar, </em>que trata da ficcionalização de um crime de ódio ocorrido em Portugal em 2006. Naquele ano, Gisberta Salce Júnior, mulher trans brasileira, foi assassinada por um grupo de adolescentes infratores nas ruínas de uma grande rede de supermercados. Objetiva-se compreender as representações dos sujeitos ex-cêntricos presentes na obra, principalmente o olhar do narrador acerca da personagem trans Gisberta, através do arcabouço teórico de Stuart Hall (2016), Pierre Bourdieu (2002), Michel Foucault (2013) e Berenice Bento (2015), dentre outros.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rafaella Cristina Alves Teotôniohttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208815Amores sáficos em revista: Safo e a Ilha de Lesbos na Shimmy (RJ, 1925-1933)2023-12-05T09:25:51-03:00Letticia Batista Rodrigues Leite
<p>O objetivo deste artigo é apresentar e analisar brevemente as menções à poeta Safo e/ou à sua ilha de origem, Lesbos, presentes na <em>Shimmy </em>– <em>A revista da vida moderna</em>, publicada no Rio de Janeiro, entre 1925 e 1933. Tendo em vista que, no âmbito da referida revista, essas menções aparecem invariavelmente associadas à temática do lesboerotismo, o objetivo é compreender a funcionalidade dessa associação, no anseio de contribuir para uma historicização desse vínculo entre a poeta e/ou de sua ilha e a temática do lesboerotismo, no Brasil. Vinculação ainda hoje recorrente, não apenas no Brasil, mas cujas manifestações mais sistemáticas em âmbito nacional parecem remontar ao início do século XX.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letticia Batista Rodrigues Leitehttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208566“Ali é o fim do mundo e o princípio de tudo”: A terra sem mal na poesia de Waldo Motta2023-12-05T09:29:24-03:00Izabela Guimarães Guerra LealRodrigo Brito de Oliveira
<p>Este artigo apresenta uma proposta de leitura do livro <em>Terra sem Mal – um mistério bufante e deleitoso </em>(2015), de Waldo Motta, poeta brasileiro contemporâneo. Nessa obra, sob uma perspectiva religiosa, homoerótica e escatológica, Waldo ressignifica o tema da busca da <em>Yvy marã’ey </em>ou Terra sem Mal – crença guarani que anuncia a existência de uma terra indestrutível –, afirmando que esta terra prometida pode ser encontrada no próprio corpo, em sua parte traseira. A partir do pensamento de Georges Bataille (1987, 2007), a obra de Motta pode ser considerada como um projeto cujo objetivo se traduziria na busca pelo êxtase místico, alcançado por meio da sexualidade vivida em sua plenitude.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Izabela Leal, Rodrigo Brito de Oliveirahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/209246Breves considerações sobre os antecedentes e subsequentes embates sobre a publicação de Sodoma Divinizada, de Raul Leal2023-12-05T09:22:46-03:00Fabio Mario da Silva
<p>O objetivo do nosso ensaio é apontar alguns textos que estiveram envolvidos na polêmica intitulada “Literatura de Sodoma”, com foco específico nos textos publicados por Raul Leal. Nossa intenção é entender como a obra <em>Sodoma divinizada</em> defende a publicação de António Botto e como ela constitui o alvo de duras críticas conservadoras, permanecendo como um importante texto para se (re)pensar a literatura portuguesa com conteúdo <em>queer</em> e os seus desdobramentos.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Fabio Mario da Silvahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208378A arte do desvendamento: uma leitura de “Satânia” de Judith Teixeira2023-12-05T09:08:36-03:00Cláudia Pazos-Alonso
<p>Este artigo debruça-se sobre o conto “Satânia” de Judith Teixeira. Na sequência do escândalo em torno de <em>Nua</em> e <em>De Mim </em>e da emergência de uma ditadura militar, a escritora tenta desvendar a desigualdade dos costumes que exigia a repressão da sexualidade feminina fora do casamento. O artigo alude ao escândalo provocado pelo adultério de Maria Adelaide Coelho da Cunha com o seu jovem chofer, amplamente noticiado na imprensa, o qual pode estar na base deste conto sobre um desejo interdito. Em diálogo com o <em>Manifeste futuriste de la Luxure </em>(1912) de Saint-Point, a morte da protagonista, Maria Margarida, torna-se uma crítica pouco velada às proibições sociais no tocante à sexualidade feminina.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cláudia Pazos-Alonsohttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208813Apologética e poética: reflexões tradutológicas sobre o uso, por Judith Teixeira, de sua própria poesia na conferência 'de mim'2023-12-05T09:59:55-03:00Chris Gerry
<p>O artigo estrutura-se em torno de minha tradução para o inglês de dois dos poemas mais emblemáticos de Judith Teixeira. Quando publicou <em>De Mim</em> em 1926 em defesa de sua obra e estética, escolheu dois poemas para exemplificar e elucidar a sua poética e a sua política sexual. Começo por colocar sinteticamente <em>De Mim</em> em contexto, tratando-se de uma apologia literária destinada a ser proferida como palestra pública. A seguir, apresentam-se os dois poemas em formato bilingue. Para concluir, com base na experiência de traduzir os poemas, avalio até que ponto eles sustentam com sucesso os argumentos de Teixeira em favor de uma criatividade artística livre de moralizações burguesas hipócritas</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Chris Gerryhttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208809Judith Teixeira: ensaios críticos no centenário do modernismo2023-12-05T09:51:02-03:00Andreia de Lima Andrade2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Andreia de Lima Andradehttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/208538A besta de “dona” Ouroana: sobre uma cantiga de João Garcia de Guilhade (b 1499, v 1109)2023-12-05T09:35:58-03:00Henrique Marques Samyn
<p>O artigo tenciona analisar a cantiga galegoportuguesa “Dona Ouroana, pois já besta havedes” (B 1499, V 1109), de João Garcia de Guilhade, importante trovador português que frequentou a corte de D. Afonso X. Aproveitando elementos presentes na fortuna crítica, a interpretação proposta argumenta em favor da inscrição definitiva da cantiga no corpus medieval galego-português que trata de mulheres que, nos tempos atuais, poderiam ser qualificadas como “lésbicas”.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Henrique Marques Samynhttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/209169O manifesto dele a toda a gente2023-12-05T08:56:08-03:00António Fernando Cascais
<p>Não sem uma certa razão, <em>O meu manifesto a toda a gente</em>, de António Botto, sempre foi tido na conta de peça menor na polémica da “literatura de Sodoma”. No entanto, podem nele detetar-se, de forma sintética, todos os elementos de um meta-discurso sobre a sua própria obra, que ele utilizou em vez de assumir qualquer postura ético-política de auto-defesa contra a homofobia omnipresente de que era objeto. A agência que foi Botto a devolver a si próprio contra a extorsão vital de que foi objeto, é em <em>O meu manifesto a toda a gente</em> que se anuncia e será no corpus poético que é posta em ação.</p> <p> </p> <p> </p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 António Fernando Cascaishttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/209139Judith Teixeira e Angélica Freitas: o corpo lésbico em dois tempos2023-12-05T09:16:30-03:00Telma Silva
<p>Este artigo tem como intuito analisar as figurações do corpo lésbico em produções das poetisas Judith Teixeira (1880) e Angélica Freitas (1973), cujas primeiras obras estão distanciadas no tempo por mais de 80 anos. Nesse sentido, buscamos pensar as formulações ideológicas em torno das palavras “corpo”, “mulher” e “lésbica” presentes nas poéticas das duas escritoras, tendo em vista que estas mesmo separadas pelo tempo e por culturas bastante diferentes, ainda assim, refletem os interditos sociais impostos ao amor e desejo homoafetivo femininos. </p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Telma Silvahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/201578"A conversa": um bate-papo sobre a falta de diálogo em família2023-12-05T09:45:29-03:00Cintia MoraesWilberth Salgueiro
<p>O objetivo do texto é analisar a crônica “A conversa”, de Luis Fernando Verissimo publicada no livro <em>Zoeira</em> (1987). A partir dela problematizamos questões que envolvem o gênero textual crônica, a literatura juvenil, o humor, as relações familiares, a (falta da) educação sexual nas famílias e nas escolas.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cintia Moraes, Wilberth Salgueirohttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/204449Ecos da lira camoniana na obra poética de Eugénio Tavares2022-12-15T17:59:06-03:00Sinei Ferreira Sales
<p>Aproximar Eugénio Tavares e Camões, por si, já daria um extenso diálogo, haja vista a importância destes dois ícones para suas respectivas nações. No entanto, neste ensaio objetivamos discutir, brevemente, os ecos da lírica camoniana na produção poética de Eugénio Tavares, analisando a tópica amorosa. Para tanto, focaremos nas permanências e nas rupturas produzidas pelo poeta cabo-verdiano em seus poemas e canções, observando, principalmente, o posicionamento do sujeito poético diante do seu objeto amado. Como suporte teórico para nossas análises, empregaremos os recursos do comparatismo literário, em sua vertente comunitária cultural do macrossistema das literaturas de língua portuguesa, assim como os exercícios ensaísticos de Jorge de Sena e de Cleonice Berardinelli, além dos trabalhos do cabo-verdianista Genivaldo Sobrinho.</p>
2022-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Sinei Ferreira Saleshttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/202736 A banana que o diabo amassou: uma fruta que soube bem às figurações dos projetos imperiais?2023-12-05T09:49:00-03:00Karina Helena Ramos
<p>Inspirado pela análise ricoeuriana acerca do mundo narrativo e esteado nas ponderações teóricas dos intelectuais dedicados aos Estudos Culturais em perspectiva pós-colonial, o presente artigo visa, ao interconectar discursos construídos por diferentes campos do saber colonial, demonstrar em que medida as figurações em torno das bananas serviram aos projetos imperiais.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Karina Helena Ramoshttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/196363Um viajante raro: apropriações e desvios para escrever uma cidade em Viagem a Buenos Aires, de João do Rio2023-12-05T09:42:00-03:00Lucía González
<p>En la columna <em>Viagem a Buenos Aires</em> publicada en 1915, João do Rio se autofigura como un “viajante raro” y en la utilización de esta categoría, en el Buenos Aires de 1915, resuena claramente Rubén Darío, quien acuñó dicho vocablo en <em>Los raros</em>, y que sirvió para designar, en América Latina, una comunidad de escritores. El presente artículo tiene como objetivo analizar la elección por lo raro que realiza Joao do Rio que, en detrimento de otros tipos de viajeros, le permitirá ingresar a la capital porteña y escribir sobre ella. Para ello, se indagará en los modos en lo que João do Rio reorganiza su trayectoria literaria para conformar parte de aquel grupo de escritores.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lucía Gonzálezhttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/202998As alegorias de "Levedando a ilha..."2023-05-10T11:42:50-03:00Kelly Mendes LimaSuely CorvachoThomaz Machado Silva
<p class="pf0" style="text-align: justify;"><span class="cf01"><span lang="PT-BR" style="font-size: 9.0pt;">O artigo analisa o conto “Levedando a ilha…” (1962), de Maria Margarida Mascarenhas, na perspectiva metodológica do Círculo de Bakhtin, defendendo a ideia de existirem alegorias relacionadas ao contexto caboverdiano. Para análise, adotamos a definição de alegoria proposta por Lausberg, metáfora que consiste na substituição do pensamento em causa, por outro, ligando-os uma relação de semelhança. Como resultado, apresentamos alguns elementos – autoria, espaço, composição da heroína e momentos do enredo - que podem ser interpretados como analogias da geografia, da formação da sociedade e da luta pela independência do arquipélago. </span></span></p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Kelly Mendes Lima, Suely Corvacho, Thomaz Machado Silvahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/201297Sexo e sensibilidades eróticas na literatura luso-brasileira de Oitocentos e da Belle Époque2023-05-08T11:04:03-03:00Fernando CuroposHelder Thiago Maia2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Helder Thiago Maia, Fernando Curoposhttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/199817Divinas Divas: entre a janela e o espelho2023-05-08T11:01:02-03:00Wilton Garcia
<p>Este artigo é uma leitura sobre o filme documentário <em>Divinas Divas</em> (2017) dirigido por Leandra Leal. Como pressuposto de estratégia discursiva, metaforicamente, o documentário explora estados alternativos de (inter)mediação entre a janela e o espelho no universo travesti: do palco ao cotidiano e vice-versa. Tal pressuposição tangencia a produção cultural de (inter)subjetividades acerca da diversidade, ao pontuar categorias de flexibilidade e transversalidade diluídas ao longo do texto. Em formato ensaio, a proposta de leitura expõe argumentos sincréticos (verbais, visuais e sonoros), ancorados por <em>estudos contemporâneos</em>, a contextualizar a dinâmica documental de testemunhos e depoimentos.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Wilton Garciahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/200810 Os Lusíadas 450 anos2022-12-19T10:26:54-03:00Jean Pierre ChauvinCleber Vinicius do Amaral FelipeMarcelo Lachat2022-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Jean Pierre Chauvin, Cleber Vinicius do Amaral Felipe, Marcelo Lachathttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/199773A pervivência de formas e temas nas cantigas do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende2023-12-05T09:44:22-03:00Geraldo Augusto Fernandes
<p>Minha proposta para este artigo é analisar a pervivênvia da cantiga medieval nas criações dos poetas palacianos portugueses. Pretendo mostrar as características da nova cantiga e apresentar exemplos delas adicionando análises pertinentes. A cantiga quinhentista, assim como o vilancete, é uma composição de forma fixa, sendo a constante aquela de quatro ou cinco versos no mote e oito ou dez na glosa. No entanto, no <em>Cancioneiro Geral</em> de Garcia de Resende, 1516, muitas delas não seguem esse esquema, apresentando glosas que variam entre nove e onze versos. A nova cantiga apresenta a criatividade dos poetas portugueses e também castelhanos dos séculos XV e XVI.</p> <p> </p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 GERALDO AUGUSTO FERNANDEShttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/191092A literatura portuguesa na educação básica: uma história de futuro?2023-12-05T09:37:57-03:00Celdon Fritzen
<p>Este artigo se propõe discutir o lugar contemporâneo da literatura portuguesa entre as leituras literárias da Educação Básica. Para isso, aborda-se a função de reforço do paradigma vernáculo que a literatura portuguesa assumiu no ensino de Língua Portuguesa desde o Império. Depois, analisa-se a presença da literatura portuguesa em uma amostra de listas de obras literárias para os vestibulares de IES brasileiras e de questões de Língua Portuguesa do ENEM. Por fim, ainda se verifica nessa amostra se a lusofonia, em consonância com algumas políticas públicas, não se mostraria como o novo paradigma de leitura literária. A análise indica pouca expressividade da literatura portuguesa na amostra.</p>
2023-11-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 CELDON FRITZENhttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/199460Margens do Atlântico em português: persistências coloniais e insurgências na literatura e a na arte2022-12-19T10:24:34-03:00Emerson da Cruz InácioLuca FazziniRoberto Francavilla2022-07-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Luca Fazzini, Emerson da Cruz Inácio, Roberto Francavillahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/196611Intersecções entre sexo e horror em dois contos de João do Rio2023-05-08T10:54:01-03:00Sabrina Ferraz FraccariPedro Brum Santos
<p>Este artigo objetiva analisar elementos que sugerem uma insinuação sexual/pornográfica nos contos “O bebê de tarlatana rosa” e “O carro da Semana Santa”, publicados em <em>Dentro da noite</em>, de João do Rio (1881-1921). O escritor carioca incorpora elementos populares dos chamados “livros para homens” (eufemismo para livros pornográficos) a fim de promover um jogo com as expectativas dos leitores, insinuando encontros sexuais que, entretanto, caminham para o horror. A intersecção entre sexo e horror pode ser lida como influência direta do Decadentismo, estética que reverbera na produção literária de João do Rio.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sabrina Ferraz Fraccari, Pedro Brum Santoshttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197127Na estrada para o safismo: uma comparação entre Amar, gozar, morrer e Nova Sapho2023-05-10T10:58:36-03:00Ana Beatriz SilvaHelder Thiago Maia
<p>O presente artigo tem por objetivo efetuar uma análise comparativa entre os romances Amar, gozar, morrer (s/d), de autoria anônima, e Nova Sapho (1912), do Visconde de Villa-Moura, tendo como principal interesse analisar o caráter erótico, a enunciação da lesbianidade, as viagens e as damas de companhia. Para tanto, nos baseamos na crítica lésbica (SANTOS, 2005), em especialistas na literatura pornográfica (EL FAR, 2004; MENDES, 2017), uma vez que as duas obras podem ser pensadas a partir do diálogo com essa categoria, e nos ideais propostos pela medicina no final do século XIX (SILVA, 1895; KRAFFT-EBING, 1893), que tanto influenciaram a produção literária desse período.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Helder Thiago Maiahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197167Pedagogia, tutela e a insondável beleza do corpo2023-05-10T11:19:04-03:00Renan Ji
<p>O artigo busca delinear como a trama naturalista de <em>Bom crioulo</em>, romance escrito por Adolfo Caminha em 1895, desestabiliza aspectos do cientificismo e da objetividade da escola literária a que supostamente se filia. Na representação do triângulo amoroso entre os personagens Amaro, D. Carolina e Aleixo, vemos a presença de elementos fortemente figurativos, que revelam não apenas o desejo de tutela e as projeções dos dois primeiros sobre o jovem Aleixo, mas principalmente o caráter profundamente imaginário e insondável da beleza deste jovem.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Renan Jihttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197168Livros que as mulheres (não) devem ler: impressos licenciosos no Brasil no final do Oitocentos2023-05-08T10:26:22-03:00Aline Moreira
<p>Extremamente populares entre os leitores das principais cidades do país, os livros licenciosos eram uma preocupação constante entre a sociedade conservadora. Sem poder contar com a lei para reprimir e exterminar definitivamente o consumo de pornografia, clamava-se às autoridades políticas que agissem em favor do pudor público. A popularidade do gênero é revelada sobretudo pelos anúncios das livrarias e pelas críticas preocupadas quanto ao efeito pernicioso desses livros. Anônimos ou não, os impressos forneciam um arsenal farto de informações sobre sexo que poderiam ser aprendidas por moças e mulheres de família. Era uma literatura perigosamente pedagógica: ensinava como sentir prazer, estando uma mulher só ou acompanhada. Mostrava mulheres vivendo de maneira autônoma, sem punições ou consequências. Neste artigo, vamos conhecer dois desses livros: o anônimo <em>Amar, gozar, morrer</em> (c.1878) e <em>Cocotes e conselheiros</em> (1887), do pseudônimo Rabelais. Percorrendo as fontes primárias e comentando estes e outros livros, buscamos ampliar o nosso conhecimento sobre a literatura – e as leitoras – do período.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Aline Moreirahttps://revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197121O cânone libertino setecentista, um produto do século XIX português?2023-05-08T10:24:10-03:00Rui SousaManuel P. Fernandes
<p>Bocage e outros poetas contemporâneos cuja obra é considerada representativa da poesia libertina em Portugal tiveram de lidar com os efeitos da censura contínua do seu tempo. Uma boa parte da sua obra circulou clandestinamente ou permaneceu inédita até à primeira metade do século XIX. É nesse contexto que a persistência desses textos e o interesse que despertaram nos poetas e editores oitocentistas conduziram ao aparecimento de algumas obras fundamentais. Neste texto, defende-se a ideia de que a tradição libertina portuguesa setecentista, em termos de integração no cânone literário português, é um produto da dinâmica literária e editorial resultante do triunfo do Liberalismo.</p>
2023-04-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rui Sousa, Manuel P. Fernandes