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Terapias ocupacionais e seus avanços na reabilitação de condutores de automóveis com mobilidade reduzida

Release de Margareth Artur para o Portal de Revistas da USP

Dirigir um automóvel pode ser sinônimo de autonomia e independência, principalmente para os condutores de automóveis que têm sua mobilidade reduzida, ou seja, pessoas portadoras de alguma deficiência física, ou seja gestante, obesa, idosa, entre outras. O artigo da Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo “tem como objetivo apresentar estratégias para avaliação de condutores de automóveis, com mobilidade reduzida, para terapeutas ocupacionais“. Dessa forma, podemos observar que sim, as pessoas com mobilidade reduzida são capazes de dirigir automóveis, desde que algumas práticas e regras sejam seguidas. A mobilidade pode ser desempenhada “pelo uso de transportes públicos e privados, por exemplo a condução de um veículo“.

A mobilidade aqui é sinônimo de movimentação corpórea, e para dirigir o motorista precisa ter “habilidades motoras, visuais e cognitivas dinâmicas“, conhecer as leis de trânsito e estar em dia com a Licença de Motorista Nacional (CNH). O estudo apresenta o terapeuta ocupacional como alguém que reabilita quem dirije, e o direito de ir e vir para pessoas com mobilidade reduzida está garantido pelo Código de Trânsito Brasileiro. Sendo atividade complexa e de risco, os autores recomendam a compreensiva avaliação de desempenho na condução de veículo.

Em alguns países o terapeuta ocupacional atua na reabilitação de condutores de automóveis; esta prática ainda é inexistente no Brasil e “implica a necessidade de interlocução com politicas publicas voltadas ao desenvolvimento das cidades e da segurança no transito“. Na pesquisa elaborou-se questionário no idioma inglês enviado por e-mail para duas terapeutas ocupacionais americanas, especialistas em reabilitação de condutores. Da pesquisa ficou patente a “formação e o lugar do terapeuta ocupacional e procedimentos técnicos no processo de reabilitação de condutores de automóveis“. Para conduzir um automóvel, é preciso “acionar a alavanca do pisca, agarrar e utilizar ambas as mãos no volante, controlar o câmbio de marchas, abrir e fechar a porta do veículo“.

Quem encaminha os condutores aos terapeutas ocupacionais especializados são  os profissionais de saúde, principalmente os médicos e terapeutas ocupacionais que, “em atendimento clínico em outros programas constatam risco para a condução de automóveis em decorrência de limitações físicas, neurológicos, cognitivas e visuais“. A avaliação clínica leva em conta o potencial de adaptação do futuro motorista, atentando para qualidades e defeitos na direção, observando suas percepções visuais e auditivas. Na prova prática observa-se a mobilidade da pessoa, tal como o lidar com chaves e portas, “espelhos e cinto de segurança, acelerador e freio, buzina, limpadores de para-brisas, etc.“.

O estudo apresenta uma nova prática profissional e descreve estratégias valiosas de terapeutas ocupacionais norte-americanas na avaliação de condutores de automóveis com mobilidade reduzida, ressaltando-se tanto a importância da literatura, como orientação para a visita técnica e elaboração do questionário, como o material de pesquisa. Finalizando, observou-se que para uma prática profissional equiparada aos terapeutas ocupacionais norte-americanos com especialidade para reabilitar condutores de automóveis […]  serão precisos “marcos regulatórios éticos e políticos para uma prática profissional no Brasil” que estimularão novos estudos gerados pela compreensão “necessária da relação entre assistência (reabilitação) e pesquisa” .

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Artigo

FEDEGER, A.; NICKEL, R.; TEIVE, H. Estratégias de avaliação de condutores de automóveis com mobilidade reduzida. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 29, n. 1, p. 50-55, 2018. ISSN: 2238.6149. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v29i1p50-55. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/140639. Acesso em: 28 jan. 2019.

Contatos

Andrea Maria Fedeger – Docente do curso de graduação em Terapia Ocupacional, Departamento de Terapia Ocupacional, Universidade Federal do Paraná. andrea.fedeger@gmail.com

Helio Afonso Ghizoni Teive – Docente do Departamento de Neurologia da Universidade Federal do Paraná.  teiveads@mps.com.br

Renato Nickel – Docente do curso de graduação em Terapia Ocupacional, Departamento de Terapia Ocupacional, Universidade Federal do Paraná. renatonickel@hotmail.com

 

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