Sobre a Revista
Foco e Escopo
RuMoRes - Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídia Publicada por MidiAto - Grupo de Estudos de Linguagem e Práticas Midiáticas e voltada para a divulgação de artigos científicos e resenhas que contribuam para o debate sobre comunicação, cultura, mídias e linguagem.
Publicação semestral da Escola de Comunicações e Artes da USP.
Processo de Avaliação pelos Pares
Todos os artigos recebidos são analisados e enviados para avaliação por membros do conselho e consultores ad hoc (blind review), conforme afinidade temática, recebendo parecer favorável ou desfavorável à publicação. O resultado será informado por e-mail ao autor(a).
Periodicidade
Semestral
Política de Acesso Livre
Esta revista oferece acesso aberto, livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento, de acordo com as Licenças Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Os autores mantém seus direitos de autoria. A revista não cobra taxas para submissão ou publicação.
Política de ética
A revista segue as diretrizes do Código de Conduta e Boas Práticas do COPE (Committee on Publication Ethics) (https://publicationethics.org/) e as submissões devem atender a essas diretrizes.
ORIGINALIDADE E INEDITISMO
Consideram-se originais as proposições e tratamentos teóricos, metodológicos e analíticos que não encontram precedentes na revisão bibliográfica de uma dada área do conhecimento e que, portanto, gozem de um caráter inovador. Para que um texto seja inédito, este não deve ter sido publicado anteriormente. Isso inclui formatos impressos e digitais, com ou sem registro. Em casos de trabalhos que constem em anais de eventos e também materiais já disponíveis em repositórios institucionais (dissertações e teses), os autores são incentivados a revisar suas produções levando em consideração as discussões feitas com os pares antes de realizar submissão à revista. Solicita-se também que o trabalho submetido seja referenciado, indicando-se o evento científico, no caso do artigo ser oriundo de anais, ou a dissertação e tese, respeitando-se nos dois casos as normas de avaliação cega.
REDUNDÂNCIA OU DUPLICAÇÃO DE PUBLICAÇÃO
Todos os artigos passam por processo de detecção de redundância tanto por programas antiplágio como por ação humana. Os resultados são informados aos editores, que passam a investigar e a reunir provas documentais. São observadas a extensão e a natureza da redundância.
Se a sobreposição não for significativa, os revisores serão informados da decisão e dos procedimentos da revisão. Em casos de sobreposição menor – com alguns elementos de redundância ou sobreposição legítima (por exemplo, exposição de métodos, atualização de análises já feitas ou discussão focada em públicos diferentes) – o autor será contatado e informado sobre a posição do periódico. Será explicado que aquele trabalho secundário deve referenciar o original ou, então, ter o material em sobreposição removido. Esse procedimento é acompanhado de revisão e decisão editorial.
Para sobreposições extensas ou resultados muito similares, evidenciando que o autor tentou esconder a redundância, não citando o trabalho anterior, haverá contato por escrito com o autor da submissão apresentando documentação que evidencia duplicação ou redundância e a declaração assinada por ele de que o trabalho submetido não foi publicado em nenhum outro lugar.
Se a resposta do autor for satisfatória – por exemplo, republicação legítima – este será informado sobre a posição do periódico e o comportamento futuro esperado. Quando a resposta for insatisfatória ou houver admissão de culpa, o autor será informado sobre a rejeição de sua submissão e os editores considerarão informar o ocorrido aos agentes superiores e/ou responsáveis pela pesquisa. O revisor também será avisado sobre a ação tomada.
PLAGIARISMO
Casos suspeitos de plagiarismo devem ser informados aos editores. A notificação é confirmada e tem início a reunião de provas documentais a partir de avaliação sobre o grau de cópia.
Em casos de cópia menor – frases curtas, por exemplo, e nenhuma atribuição errada de dados – os editores contatarão o autor da submissão, explicando a posição do periódico e a necessidade de correção do trabalho. Os que relataram a suspeita de plagiarismo serão informados sobre as ações do periódico.
Quando se tratar de plagiarismo claro – com uso de grandes porções de texto e/ou dados, como se fossem de autoria própria – será feito contato por escrito com o autor da submissão, enviando-lhe uma cópia da declaração de autoria e originalidade feita por ele juntamente com as evidências encontradas de plagiarismo. O autor deverá entrar em contato com os editores, fornecendo explicações.
Se a resposta aos editores for satisfatória, o autor será instruído sobre a posição do periódico e o comportamento futuro desejado. Mas, se for insatisfatória, será considerada a retirada do trabalho submetido ou já publicado e o ocorrido será informado aos veículos editoriais envolvidos, também aos agentes superiores e/ou responsáveis pela realização da pesquisa, bem como à vítima e aos leitores.
Nos casos em que o autor não fornecer resposta aos editores, haverá tentativa de contato com os co-autores e/ou a instituição do autor, solicitando que o problema seja informado aos seus superiores ou responsáveis pela pesquisa. Se não houver respostas, o contato será refeito no período de 3 a 6 meses. Depois disso, será cogitado o contato com outras autoridades.
Classificação e Indexadores
Índice H de las revistas de Comunicación según Google Scholar Metrics (2007-2011)
Índice H de las revistas de Comunicación según Google Scholar Metrics (2008-2012)
Índice H de las revistas de Comunicación según Google Scholar Metrics (2009-2013)
Índice H Google Scholar Metrics (2016-2020)
Índice H Google Scholar Metrics (2021-2022)
Indexadores
Fontes de Apoio
Histórico do periódico
"Escutar-se é escutar o rumor da tropa das palavras em debandada. Não podemos ouvir um pensamento que vem se não escutarmos esse rumor, o rumor de onde vem o pensamento e por onde ele vem, de onde ele sai e onde tenta entrar". (Jean-François Lyotard)
Nossa publicação deve seu nome à ideia de “rumor da língua”. O acordo pela forma plural, além de favorecer uma sonoridade menos ríspida, corresponde a um entendimento das condições implícitas no conceito de Barthes. Os dicionários estão concordes quanto à definição de que rumor é o ruído produzido por deslocamentos. Tal concepção, quando aplicada às línguas, ou melhor, às linguagens em que o humano se faz, diz respeito ao fato de que entre as palavras e as coisas existe uma distância intransponível.
Podemos figurá-la como uma fissura, disfarçada por nossas narrativas de mundo, entre duas dimensões díspares: a dos signos, que tentam dizer as coisas, e a das coisas, deslocadas em relação a seus nomes, ainda que, em muitos casos, somente a eles devam sua existência.
O interstício assim compreendido aciona um jogo de remissões em que as significâncias se multiplicam e assumem outros contornos. Já se vê que não lidamos com as teorias que dispõem sobre os ruídos que perturbam o canal e interferem no fluxo de informação, impedindo a empreitada da comunicação perfeita. Ao contrário, recordamos uma condição de base que faz com que os rumores sejam uma das faces da comunicação em sua própria natureza. Basta recorrermos aos mesmos dicionários para constatarmos que as significações se enviesam, numa automática geração de ruídos/rumores.
O significado dado, para a palavra investigada, conversa com outros significados e as definições se realizam na oferta de outros tantas palavras, sempre adiando o fechamento intencionado.
O mesmo sucede com nossa definição primeira e genérica de rumor. Ela induz ao deslocamento, não por tê-lo mencionado, mas por ter introduzido no jogo do significado a alusão a outros significantes. Assim, o deslocamento é aqui tomado como assimetria entre o nome e o campo nomeado. Desta primeira definição, outras significações se irradiam. Mas, sob o olhar que lhe lançamos, a partir do enquadramento das linguagens, dela se derivam e se encadeiam as demais, sempre remetendo a infinitas possibilidades de formação.Que rumor seja o som indistinto do ruído contínuo de inúmeras vozes, trata-se, novamente, de uma projeção na brecha entre duas dimensões descasadas, por isso sujeitas a re-interpretações sucessivas no esforço de obtenção deste enlace que lhes é subtraído.Este espaço de indefinição, encravado nos deslocamentos, acolhe dos ditos aos interditos, dos textos aos palimpsestos, dos discursos aos interdiscursos. Abriga pura propagação-vestígio desta condição originária das palavras, com suas idéias, em relação às coisas.Há um rumor na gênese das linguagens que torna toda produção linguajeira, a rigor tudo, nada mais, no limite, do que um desdobramento em rumores. (Mayra Rodrigues Gomes)
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